Vacinação: além da imunização contra pólio, a campanha também busca atualizar a vacinação dos menores de 5 anos, oferecendo doses contra febre amarela, hepatite B, rotavírus humano e também a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2015 às 16h14.
São Paulo - Está prevista para terminar nesta segunda-feira, 31, a 36ª Campanha Nacional de Vacinação contra poliomielite. A meta do Ministério da Saúde era imunizar 12 milhões de crianças entre 6 meses e 5 anos de idade.
Caso esse número não seja alcançado, existe a possibilidade de prorrogação da campanha. Mais de 100 mil postos de vacinação fixos e móveis estão disponíveis para aplicação das doses pelo País.
Popularmente conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é causada pela contaminação pelo polivírus e é considerada uma doença grave, que afeta o sistema nervoso e pode causar fraqueza muscular permanente e perda irreversível dos movimentos nos membros inferiores.
A transmissão do vírus é por via oral na ingestão de água e alimentos contaminados.
O último caso registrado no Brasil foi em 1990 e a doença é classificada como erradicada desde 1994, mas a vacinação, única forma de prevenção, é considerada indispensável.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poliomielite ainda é endêmica em três países: Paquistão, Nigéria e Afeganistão.
"Com fluxo de turistas, com o comércio, há um grande trânsito de pessoas. Se não tivéssemos nossas crianças vacinadas, poderíamos ter a reintrodução da doença em nosso país", afirmou a coordenadora da Secretaria de Vigilância em Saúde, Carla Domingues, durante a coletiva de lançamento da campanha nacional, em 11 de agosto.
Segurança
Eficaz na proteção contra três sorotipos dos poliovírus (1, 2 e 3), a vacina também é segura. "É uma vacina de vírus atenuados. A única contraindicação é para crianças que estão em tratamentos como quimioterapia e radioterapia", disse a diretora de imunização da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, Helena Sato.
A imunização contra a pólio é feita em cinco doses: aos 2 e 4 meses, por via injetável; aos 6 meses, por via oral, a famosa gotinha; e mais duas doses de reforço - também oral - aos 15 meses e aos 5 anos de idade. Todas as tipologias de vacina estarão disponíveis nos postos fixos e volantes.
Além da imunização contra pólio, a campanha também busca atualizar o esquema vacinal dos menores de 5 anos, oferecendo doses contra febre amarela, hepatite B, rotavírus humano e também a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Caso existam vacinas em atrasos, profissionais dos postos de saúde poderão colocar a carteira em dia.
"O ideal é tomar na data prevista, mas, se por ventura não tomou na época adequada, não é preciso recomeçar o esquema de vacinação. Além disso, não há contraindicação em tomar mais de uma vacina no mesmo dia", afirma Helena.
Aplicativo
O Ministério da Saúde criou um aplicativo para facilitar o gerenciamento das cadernetas de vacinação, 'Vacinação em Dia'. A ferramenta permite acompanhar o calendário de vacinação de crianças e adultos, marcando a data da imunização e agendando a próxima. Estão disponíveis informações sobre todas as vacinas ofertadas pelo SUS e o usuário poderá cadastrar até dez carteiras de vacinação.
O aplicativo tem a função de lembrete, com notificações sobre as campanhas sazonais de vacinação. Também é possível calcular, a partir da inserção da primeira vacina no calendário, quando o usuário deve comparecer ao posto para uma nova imunização. O aplicativo funciona em tablets e smartphones, que utilizem sistemas operacionais iOS, e Android.