Campanha de vacinação contra o HPV inicia nova etapa
A 2a dose, aplicada seis meses depois da 1a, é essencial para garantir a proteção contra o HPV, vírus que está associado com o câncer de colo de útero
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2014 às 14h06.
Brasília - A segunda etapa da vacinação contra o HPV (Human Papiloma Virus, ou seja, o papilomavírus humano) começa na próxima segunda-feira, 1º de setembro, em todo o Brasil.
Meninas entre 11 e 13 anos que já tomaram a primeira dose podem procurar um posto de saúde mais próximo. "Sem a segunda dose não há proteção", afirmou nesta sexta-feira, 29, o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Assim como ocorreu na primeira fase, o Ministério da Saúde recomenda que municípios organizem a vacinação também nas escolas públicas e particulares.
A segunda dose, aplicada seis meses depois da primeira, é essencial para garantir a proteção contra o HPV, vírus que está associado com o aparecimento do câncer de colo de útero.
A meta do governo é garantir uma cobertura de 80% entre a população-alvo. Na primeira etapa, 87,3% das meninas entre 11 e 13 anos foram imunizadas. "Foi um ótimo resultado. Somente Austrália apresentou cobertura semelhante", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
A vacina faz parte do calendário vacinal. Meninas que completaram agora 11 anos podem ir ao posto tomar a primeira dose.
A inclusão do imunizante no programa nacional ocorreu neste ano. Em 2015 a vacina passa a ser oferecida para adolescentes de 9 a 11 anos. Para população indígena, a faixa etária para vacinação é, desde já, entre 9 e 11 anos.
A vacina protege contra quatro tipos de vírus. Dois desses tipos (16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero. Barbosa afirma, no entanto, que mesmo vacinadas, as mulheres devem realizar a partir de 25 anos o exame preventivo do câncer de colo uterino (Papanicolau).
O câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. É a terceira causa de morte de mulheres por câncer. Uma terceira dose da vacina, para reforço, deve ser dada 5 anos depois da aplicação da primeira dose.