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Caminhoneiros se dividem sobre propostas do governo

Por fim de bloqueios, governo prometeu sanção sem vetos da lei que reduz custos do setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões

Caminhões parados no Porto de Santos: nesta manhã, ainda havia 57 bloqueios em 27 rodovias federais no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 09h10.

Brasília - Representantes dos caminhoneiros que participaram de reunião com governo e empresários na quarta-feira aceitaram as propostas apresentadas para acabar com os bloqueios nas estradas, mas o líder do chamado Comando Nacional dos Transportes disse que as promessas não foram aceitas.

Nesta manhã, ainda havia 57 bloqueios em 27 rodovias federais no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, segundo o Bom Dia Brasil, da TV Globo. Na véspera, eram mais de 90 pontos de bloqueio em dez Estados.

O governo prometeu sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões.

Também será criada uma tabela referencial de frete por meio de negociação entre empresários e caminhoneiros, que pediram a mediação do governo para isso.

Além disso, a Petrobras garantiu seis meses sem aumento do diesel. O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, disse que as propostas foram acatadas.

"Pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui", afirmou Bueno, segundo a Agência Brasil.

Bueno, entretanto, não garantiu que os bloqueios vão acabar pelo fato de o movimento ter sido iniciado "de forma autônoma, independente pelos caminhoneiros", segundo o site do jornal Valor Econômico.

"Cabe a eles avaliar as conquistas e o esforço do governo para ver se compensa continuar o movimento." Mas Ivar Luiz Schimidt, líder do movimento Comando Nacional do Transporte, disse à Reuters que não aceitava os termos do acordo.

Schimidt não participou na quarta-feira da reunião entre governo, empresários e representantes dos caminhoneiros, mas seria recebido mais tarde separadamente por negociadores do Executivo.

"Não aceitamos", disse na mensagem de texto por celular à Reuters. "O governo nos segurou numa reunião na hora que anunciaram." Na quarta-feira, Schimidt dizia a jornalistas ter o comando sobre a maior parte dos bloqueios.

O governo, por seu lado, disse que as propostas serão efetivadas somente com o fim dos bloqueios. "Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que forem liberadas as estradas, disse o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, segundo a Agência Brasil.

Os protestos de caminhoneiros, que entraram em seu nono dia nesta quinta-feira, prejudicavam o abastecimento de diversas mercadorias, como alimentos e combustíveis, com reflexos nas exportações do país.

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Brasília - Representantes dos caminhoneiros que participaram de reunião com governo e empresários na quarta-feira aceitaram as propostas apresentadas para acabar com os bloqueios nas estradas, mas o líder do chamado Comando Nacional dos Transportes disse que as promessas não foram aceitas.

Nesta manhã, ainda havia 57 bloqueios em 27 rodovias federais no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, segundo o Bom Dia Brasil, da TV Globo. Na véspera, eram mais de 90 pontos de bloqueio em dez Estados.

O governo prometeu sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões.

Também será criada uma tabela referencial de frete por meio de negociação entre empresários e caminhoneiros, que pediram a mediação do governo para isso.

Além disso, a Petrobras garantiu seis meses sem aumento do diesel. O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, disse que as propostas foram acatadas.

"Pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui", afirmou Bueno, segundo a Agência Brasil.

Bueno, entretanto, não garantiu que os bloqueios vão acabar pelo fato de o movimento ter sido iniciado "de forma autônoma, independente pelos caminhoneiros", segundo o site do jornal Valor Econômico.

"Cabe a eles avaliar as conquistas e o esforço do governo para ver se compensa continuar o movimento." Mas Ivar Luiz Schimidt, líder do movimento Comando Nacional do Transporte, disse à Reuters que não aceitava os termos do acordo.

Schimidt não participou na quarta-feira da reunião entre governo, empresários e representantes dos caminhoneiros, mas seria recebido mais tarde separadamente por negociadores do Executivo.

"Não aceitamos", disse na mensagem de texto por celular à Reuters. "O governo nos segurou numa reunião na hora que anunciaram." Na quarta-feira, Schimidt dizia a jornalistas ter o comando sobre a maior parte dos bloqueios.

O governo, por seu lado, disse que as propostas serão efetivadas somente com o fim dos bloqueios. "Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que forem liberadas as estradas, disse o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, segundo a Agência Brasil.

Os protestos de caminhoneiros, que entraram em seu nono dia nesta quinta-feira, prejudicavam o abastecimento de diversas mercadorias, como alimentos e combustíveis, com reflexos nas exportações do país.

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