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Caminhoneiros ocupam Esplanada dos Ministérios, em Brasília

Bloqueio força cancelamento dos trabalhos no Congresso e no TCU nesta quinta, 9; segurança do DF tenta persuadir grupo a deixar o local

Greve dos caminhoneiros na rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, em maio de 2018 (NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)/Getty Images)

Greve dos caminhoneiros na rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, em maio de 2018 (NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 9 de setembro de 2021 às 16h25.

Última atualização em 9 de setembro de 2021 às 16h28.

Mesmo depois de intensas negociações com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, cerca de 70 caminhoneiros permanecem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em ato de apoio ao governo. O bloqueio forçou o fechamento do Congresso e do Tribunal de Contas da União (TCU), nas imediações, nesta quinta, 9. Pela manhã, mais de 100 caminhoneiros se reuniam no local — 30 concordaram em abandonar o protesto após conversas com as forças de segurança. Em todo o país, as paralisações têm perdido força nesta quinta, 9.

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Em áudio gravado nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro pediu o fim da greve. Desde o feriado do 7 de setembro, caminhoneiros bloqueiam trechos de rodovias de vários estados, principalmente na Região Sul, em Santa Catarina e no Paraná.

"Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque nos caras aí para liberar. Deixa com a gente em Brasília aqui agora. Não é facil negociar com outras autoridades, mas vamos fazer nossa parte, vamos buscar uma solução para isso", disse Bolsonaro.

O Palácio do Planalto convocou uma reunião com os grevistas, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, nesta quinta. Tarcísio suspendeu a agenda prevista para hoje a fim de administrar a crise gerada pela paralisação dos caminhoneiros. Segundo o Ministério da Infraestrutura, no entanto, não há risco de desabastecimento e falta de produtos em razão da greve.

O movimento dos caminhoneiros teve início após os discursos do presidente Jair Bolsonaro durante as manifestações em Brasília e São Paulo no feriado de 7 de setembro, em que criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e voltou a defender o voto impresso.

De acordo com lideranças da categoria, que não endossam os protesto, as paralisações foram organizadas por grupos que apoiam o governo.

 

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