Câmara dos Deputados: a disputa maior é pela presidência das comissões mais importantes, como a de Constituição e Justiça, pela qual passam todos as propostas legislativas (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 16h02.
Brasília - Com a reabertura dos trabalhos legislativos no Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados começa a discutir, na próxima semana, a formação e a presidência das comissões permanentes da Casa. Uma reunião entre os líderes partidários foi marcada para terça-feira (11) para decidir a questão.
Tradicionalmente, os partidos são representados nas comissões de acordo com o número de parlamentares que formam suas bancadas, numa relação proporcional.
A presidência das comissões é definida observando-se a proporcionalidade das bancadas e também por acordo entre os partidos.
Assim, o partido que tem mais deputados escolhe primeiro a comissão da qual almeja a presidência.
Em seguida, faz a escolha a legenda com a segunda maior bancada, e assim sucessivamente. É comum, porém, que, por acordo, um partido maior abra mão de uma comissão que teria o direito de presidir para favorecer um aliado.
A previsão é que um acordo como esse favoreça o PSC, que presidiu no ano passado a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, com o deputado Marco Feliciano (SP) – este ano, a Comissão de Turismo e Desporto será dividida para que o partido assuma uma das presidências. Mas, para isso, o PT precisará abrir mão da presidência da nova comissão.
No ano passado, a Câmara dividiu a Comissão de Educação e Cultura em duas para que o recém-criado PSD tivesse vaga em uma presidência. Agora em 2014 ainda não se sabe com qual comissão ficará o PDS.
A disputa maior é pela presidência das comissões mais importantes, como a de Constituição e Justiça, pela qual passam todos as propostas legislativas.
A Câmara tem, ao todo, 21 comissões permanentes que analisaram, no ano passado, 3.550 proposições.