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Câmara mantém pontos da terceirização contrários ao governo

A Câmara aprovou emenda que mantém na regulamentação de atividades terceirizadas pontos contrários ao que o governo pediu para que fossem retirados


	Plenário da Câmara dos Deputados: com a aprovação, o governo perdeu na tentativa de eliminar do texto a expressão "qualquer atividade"
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Plenário da Câmara dos Deputados: com a aprovação, o governo perdeu na tentativa de eliminar do texto a expressão "qualquer atividade" (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 20h44.

Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 22, uma emenda que mantém na regulamentação de atividades terceirizadas pontos contrários ao que o Palácio do Planalto pediu para que fossem retirados do texto final do Projeto de Lei 4.330/2004.

A emenda nº 15, apresentada em plenário pelo relator, Arthur Oliveira Maia (SD-BA), recebeu apoio de 230 deputados. Outros 203 parlamentares votaram contra e quatro optaram pela abstenção.

Com a aprovação, o governo perdeu na tentativa de eliminar do texto a expressão "qualquer atividade", o que permite que uma empresa possa terceirizar toda e qualquer parte de sua operação.

O PT apresentou emenda para derrubar essa expressão, mas com a votação da emenda nº 15, a sua proposta ficou prejudicada e não foi apreciada.

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de fazer "manobra regimental para impedir a transparência do voto dos parlamentares ao classificar como prejudicada a emenda petista.

O PT queria que durante a votação nominal sobre a permanência ou a retirada da expressão "qualquer atividade" para dar publicidade à escolha individual. "Houve uma tentativa de esconder o voto dos parlamentares", disse.

Previdência

O modelo de contribuição previdenciária proposto pelo governo não foi analisado pelos deputados, mesmo após negociações que envolveram os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; das Comunicações, Ricardo Berzoini; e da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.

O Planalto queria estabelecer um porcentual fixo de 5,5% sobre a receita das empresas.

No texto aprovado, fica mantida a proposta do relator, que define alíquota de 20% sobre a folha de pagamento para empresas com baixa cessão de mão de obra e de 11% sobre a receita para empresas cujo serviço se concentra no fornecimento de mão de obra.

A Câmara ainda vota duas emendas para que o PL 4.330 seja enviado ao Senado, onde poderá sofrer alterações.

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