Bento Rodrigues coberta de lama por rompimento de barragem: "Não esperamos que seja necessário, mas, se for necessário, podemos fazer até uma CPI", disse Sarney Filho (Ricardo Moraes/ Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2015 às 16h49.
Brasília - Sem a presença de ministros e representantes da mineradora Samarco, a Câmara dos Deputados promove na tarde desta quarta, 18, um debate sobre o rompimento da barragem de rejeitos no município de Mariana que provocou mortes e devastou o Rio Doce.
Foram convidados os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Integração Nacional, Gilberto Occhi; e das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes. Nenhum dos três compareceu à audiência. Representantes foram enviados em nome das autoridades.
A empresa Samarco, responsável pela barragem que rompeu, também foi convidada, mas não enviou ninguém para participar do debate.
"A empresa demonstra falta de responsabilidade com a sociedade de brasileira", protestou o deputado Sarney Filho (PV-MA).
Segundo ele, o Congresso tem instrumentos para fazer uma convocação à companhia, o que tornaria obrigatória a presença do representante da mineradora.
"Não esperamos que seja necessário, mas, se for necessário, podemos fazer até uma CPI", disse.
A audiência tem o objetivo de debater as causas, os efeitos, as providências e as lições apreendidas com o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco.
A sessão é promovida pela Comissão de Legislação Participativa, em conjunto com as Comissões de Direitos Humanos e Minorias, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.
Participam do encontro o prefeito de Mariana, Duarte Junior, além de representantes de outras instituições, como o Ministério Público, o Ibama, e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).