Brasil

Câmara aprova urgência para combater a 'adultização' de menores na internet

O projeto de lei tem como objetivo aumentar a proteção de menores nas redes sociais

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 08h06.

A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira o projeto que combate a chamada "adultização" de crianças e adolescentes. Em sessão na terça-feira, parlamentares aprovaram o regime de urgência. A medida acelera a tramitação da proposta e permite que ela seja analisada diretamente em plenário.

O debate sobre o projeto ganhou destaque nacional após a repercussão do vídeo do influenciador Felca, que levantou discussões sobre a exposição precoce de crianças e adolescentes nas redes sociais. Com a repercussão, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), passou a defender publicamente a aprovação do texto, que já recebeu sinal verde do Senado.

De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-ES), o projeto tem entre seus principais objetivos garantir que as plataformas digitais facilitem aos responsáveis o acesso a informações sobre o que os filhos fazem on-line, prevenindo a exposição a crimes como pedofilia. A relatoria da proposta na Câmara é de Jadyel Alencar.

O "dever de cuidado" nas redes sociais

O texto estabelece que as redes sociais devem adotar o chamado "dever de cuidado" em relação a menores de idade, impondo uma série de medidas de proteção e responsabilizando as empresas que não cumprirem essas obrigações.

“Toda a sociedade é responsável por manter um ambiente seguro para nossas crianças nas redes sociais, assim como o governo e as plataformas. É neste sentido que este processo avança,” afirmou a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Críticas e sugestões de mudanças

Apesar do consenso em torno da pauta, parte dos parlamentares da oposição se posicionam contrários a trechos específicos do texto, especialmente aqueles que tratam da regulamentação das redes sociais. Entre as críticas estão pontos considerados excessivamente intervencionistas:

“Do jeito que está, não dá para aprovar. Enviei ao relator dez páginas de sugestões. Atualmente, há um artigo que estabelece que a autoridade nacional poderá derrubar perfis sem autorização judicial,” disse Nikolas Ferreira ao GLOBO.

 

Acompanhe tudo sobre:CriançasRedes sociaisCâmara dos Deputados

Mais de Brasil

Caso Marielle: Moraes solicita data para julgamento dos acusados

Exame toxicológico será obrigatório para 1ª CNH após derrubada de vetos

Aumento real foi zero, diz secretária de SP sobre reajuste da Sabesp

Congresso derruba veto a PL que isenta Embrapa de taxas para pesquisas