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Calheiros pede ao STF que seja determinado retorno imediato de Bolsonaro

O senador afirma que é "inegável" a participação ativa e responsabilidade do ex-chefe do Executivo nos ataques extremistas realizados ontem em Brasília

Renan: O senador pede ainda que Bolsonaro seja investigado e intimado a explicar "sua participação nos atos antidemocráticos" (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 16h26.

Última atualização em 9 de janeiro de 2023 às 16h37.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu o retorno "imediato" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil, em prazo não superior a 72 horas. Em requerimento enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o senador afirma que é "inegável" a participação ativa e responsabilidade do ex-chefe do Executivo nos ataques extremistas realizados ontem em Brasília.

"Não há dúvidas de que os atos terroristas lamentáveis de ontem (domingo, 8) foram a colheita da conduta golpista plantada por Jair Messias Bolsonaro durante toda sua vida pública", diz o documento. Como mostrou o colunista Lauro Jardim, o ex-chefe do Executivo foi internado nesta segunda, 9, em um hospital nas imediações de Orlando, na Flórida, por fortes dores abdominais. Bolsonaro viajou aos Estados Unidos antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em caso de descumprimento da ordem de retorno ao País, Calheiros defende a decretação de uma prisão preventiva ao ex-presidente "para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal". Neste caso, deve-se solicitar, segundo o documento, a extradição de Bolsonaro às autoridades do órgão competente dos Estados Unidos.

O senador pede ainda que Bolsonaro seja investigado e intimado a explicar "sua participação nos atos antidemocráticos", além de encontro entre ele e o ex-Secretário de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, nos EUA. Torres foi ministro do presidente e exonerado ontem do cargo no DF por omissão no combate aos ataques. Ele também viajou para Orlando dias antes do ocorrido.

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