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Caixa diz que não sabia de antecipação do Bolsa Família

"Tive a informação na segunda-feira durante o dia e mandei fazer levantamento exaustivo para saber o que ocorreu", disse o presidente do banco, Jorge Hereda

Em 2012, o governo federal pagou 156,1 milhões de benefícios vinculados ao Bolsa Família, principal programa social da gestão do PT à frente da Presidência, totalizando R$ 20,2 bilhões desembolsados (ROBERTO SETTON /EXAME)
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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 19h14.

Brasília- A Caixa Econômica Federal negou nesta segunda-feira que tivesse conhecimento de que os pagamentos do Bolsa Família estavam sendo antecipados para o último dia 17 de maio, véspera dos boatos sobre o fim do programa que provocaram uma corrida às agências do banco para sacar os recursos.

"Tive a informação na segunda-feira durante o dia (que os pagamentos estavam sendo feitos na sexta-feira dia 17 de maio) e mandei fazer levantamento exaustivo para saber o que ocorreu", disse o presidente do banco, Jorge Hereda, durante entrevista coletiva nesta segunda, ao ser questionado sobre os motivos que o impediram de esclarecer os pagamentos ocorridos entre os dias 17, 18 e 19 na segunda-feira, 20 de maio.

"Sou presidente de um banco, não vou a público dizer informação sem dizer todas as informações", disse Hereda, que disse estar disposto a ir ao Congresso para prestar esclarecimentos.

O boato sobre o fim do Bolsa Família irritou a presidente Dilma Rousseff, que chegou a afirmar que o autor do rumor era "criminoso" e "desumano". Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os responsáveis pelo boato eram "gente do mal".

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, chegou a responsabilizar a oposição pelo ocorrido.

A Polícia Federal abriu investigação para apurar a responsabilidade pelo boato.

O presidente da Caixa e o vice-presidente da área de Governo do banco, José Urbano, alegaram que a área operacional iniciou o pagamento do Bolsa Família na sexta-feira do dia 17 para cumprir um cronograma de renovação do cadastros das famílias que recebem benefícios baseados em transferência de renda do governo federal e que isso não era de conhecimento da diretoria.

Os benefeciados pelo programa também não foram informados sobre a antecipação do pagamento.

"No meio da crise, essa informação circulou com imprecisão dentro da Caixa", disse Hereda durante uma tensa entrevista coletiva em que a direção do banco insistiu em negar ter conhecimento da antecipação do pagamento realizado pela área operacional da Caixa.


As informações desencontradas dentro do banco estatal levaram os senadores do PSDB Alvaro Dias (PR) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) a entrarem com uma representação na Procuradoria Geral da República pedindo que o caso seja investigado e que a direção da Caixa responsa por improbidade administrativa.

"Dilma classificou o episódio de desumano e criminoso. Lula disse que foi praticado por gente do mal, e o presidente do PT (Rui Falcão) chamou o episódio de terrorismo eleitoral. O que não estava previsto nesse script era o fato de a CEF ter emitido declarações contraditórias caracterizando pouco zelo com a verdade", disse Dias.

Em 2012, o governo federal pagou 156,1 milhões de benefícios vinculados ao Bolsa Família, principal programa social da gestão do PT à frente da Presidência, totalizando 20,2 bilhões de reais desembolsados.

Neste ano até abril, foram pagos 52,2 milhões de benefícios, totalizando 7,6 bilhões.

Já os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal mostram que em maio foram liberados 100,5 milhões por dia, uma média superior a de 93,06 milhões de reais pagos entre janeiro e abril.

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Brasília- A Caixa Econômica Federal negou nesta segunda-feira que tivesse conhecimento de que os pagamentos do Bolsa Família estavam sendo antecipados para o último dia 17 de maio, véspera dos boatos sobre o fim do programa que provocaram uma corrida às agências do banco para sacar os recursos.

"Tive a informação na segunda-feira durante o dia (que os pagamentos estavam sendo feitos na sexta-feira dia 17 de maio) e mandei fazer levantamento exaustivo para saber o que ocorreu", disse o presidente do banco, Jorge Hereda, durante entrevista coletiva nesta segunda, ao ser questionado sobre os motivos que o impediram de esclarecer os pagamentos ocorridos entre os dias 17, 18 e 19 na segunda-feira, 20 de maio.

"Sou presidente de um banco, não vou a público dizer informação sem dizer todas as informações", disse Hereda, que disse estar disposto a ir ao Congresso para prestar esclarecimentos.

O boato sobre o fim do Bolsa Família irritou a presidente Dilma Rousseff, que chegou a afirmar que o autor do rumor era "criminoso" e "desumano". Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os responsáveis pelo boato eram "gente do mal".

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, chegou a responsabilizar a oposição pelo ocorrido.

A Polícia Federal abriu investigação para apurar a responsabilidade pelo boato.

O presidente da Caixa e o vice-presidente da área de Governo do banco, José Urbano, alegaram que a área operacional iniciou o pagamento do Bolsa Família na sexta-feira do dia 17 para cumprir um cronograma de renovação do cadastros das famílias que recebem benefícios baseados em transferência de renda do governo federal e que isso não era de conhecimento da diretoria.

Os benefeciados pelo programa também não foram informados sobre a antecipação do pagamento.

"No meio da crise, essa informação circulou com imprecisão dentro da Caixa", disse Hereda durante uma tensa entrevista coletiva em que a direção do banco insistiu em negar ter conhecimento da antecipação do pagamento realizado pela área operacional da Caixa.


As informações desencontradas dentro do banco estatal levaram os senadores do PSDB Alvaro Dias (PR) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) a entrarem com uma representação na Procuradoria Geral da República pedindo que o caso seja investigado e que a direção da Caixa responsa por improbidade administrativa.

"Dilma classificou o episódio de desumano e criminoso. Lula disse que foi praticado por gente do mal, e o presidente do PT (Rui Falcão) chamou o episódio de terrorismo eleitoral. O que não estava previsto nesse script era o fato de a CEF ter emitido declarações contraditórias caracterizando pouco zelo com a verdade", disse Dias.

Em 2012, o governo federal pagou 156,1 milhões de benefícios vinculados ao Bolsa Família, principal programa social da gestão do PT à frente da Presidência, totalizando 20,2 bilhões de reais desembolsados.

Neste ano até abril, foram pagos 52,2 milhões de benefícios, totalizando 7,6 bilhões.

Já os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal mostram que em maio foram liberados 100,5 milhões por dia, uma média superior a de 93,06 milhões de reais pagos entre janeiro e abril.

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