Suspeitas de coronavírus: passageiros usando máscaras chegam ao aeroporto Tom Jobin, no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 17h22.
Última atualização em 13 de fevereiro de 2020 às 17h25.
Brasília — Balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira apontou uma queda no número de casos suspeitos do novo coronavírus sob investigação, para 6, o que representa uma redução de 5 casos em relação à véspera, e o país continua sem qualquer caso confirmado da doença respiratória.
Ainda não houve nenhum caso confirmado no País e não há a circulação do vírus em nenhum país da América do Sul. Já houve o registro de 40 casos suspeitos que foram analisados e descartados.
Dentre os seis casos suspeitos, 3 estão em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e um no Paraná. Todos eles são de pessoas que viajaram para a China. Os casos estão sendo analisados pelo laboratório do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Os pacientes sob suspeita estão em isolamento domiciliar e os familiares estão orientados para prevenção de eventual transmissão do vírus.
Dos 40 casos descartados para infecção pelo coronavírus, todos foram diagnosticados como infecção por outros vírus, como o Influenza.
A queda de casos suspeitos no Brasil ocorre logo após a província chinesa de Hubei, epicentro da epidemia de coronavírus registrar um salto no número de novos casos e de mortes. Segundo balanço das autoridades chinesas divulgado na noite de quarta-feira, 12, foram registradas 242 novas mortes pela doença fazendo com que o total de vítimas ultrapasse a marca de 1.350. Também houve a confirmação de 14.840 novos casos de contágio na região, elevando o total de infectados para quase 60 mil.
O crescimento acentuado ocorre depois de autoridades locais terem anunciado uma mudança na forma de diagnóstico dos casos de Covid-19, nova nomenclatura da doença.
Em um comunicado, a comissão de saúde de Hubei disse que a partir de agora passaria a incluir casos diagnosticados clinicamente. Isso significa que imagens do pulmão em pacientes suspeitos passam a ser consideradas suficientes para confirmar o vírus, no lugar dos exames de DNA.