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Cacique Tembé desaparecido no Pará é encontrado vivo

Segundo informações do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), o cacique, que fugiu pela floresta durante o ataque, foi encontrado em boas condições de saúde

Brasão da Polícia Federal: O MPF/PA informou, por meio da assessoria de imprensa, que o órgão aguarda o retorno de equipes da Polícia Federal (Polícia Federal/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 17h00.

Brasília - O cacique Valdeci Tembé, que estava desaparecido desde o fim de semana, após ter sido alvo de emboscada de grupos de madeireiros ilegais em Nova Esperança do Piriá, no Pará, foi encontrado por agentes da Polícia Federal na casa de um colono, a 60 quilômetros (km) do local do conflito. Segundo informações do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), o cacique, que fugiu pela floresta durante o ataque, foi encontrado em boas condições de saúde.

No sábado (1º), madeireiros tentaram impedir o trabalho dos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que eram guiados pelo cacique, no município paraense, perto da divisa com Paragominas. No local, há um importante foco de extração ilegal de madeira dentro da Terra Indígena Alto Rio Guamá. Os servidores do Ibama foram rendidos por madeireiros armados e só foram libertados no domingo (2), após negociação com o coordenador da ação do órgão federal, Norberto Neves. Nenhum servidor do Ibama ou policial ficou ferido ou sofreu agressão física.

O MPF/PA informou, por meio da assessoria de imprensa, que o órgão aguarda o retorno de equipes da Polícia Federal e do Batalhão de Polícia Ambiental do Pará que estão na região. O procurador da República Gustavo Henrique Oliveira, em Paragominas, enviou ofícios à Polícia Federal, ao Ibama, à Fundação Nacional do Índio (Funai), à Secretaria de Segurança Pública e ao Batalhão de Polícia Ambiental do Pará pedindo informações sobre a situação e reforço policial urgente.


Ontem (3), o Ibama deslocou para a região agentes que fiscalizavam carvoarias na Operação Saldo Negro, Marabá, distante cerca de 230 km. A equipe também conta com o reforço de homens da Polícia Militar do Pará.

O Ibama informou que combate o desmatamento e a exploração ilegal de madeira na região de Dom Eliseu - que inclui Ulianópolis, Rondon do Pará e Paragominas, próximo à Nova Esperança do Piriá. Desde setembro, quando foi iniciada a Operação Soberania Nacional, o órgão aplicou R$ 44 milhões em multas e embargou 7 mil hectares de florestas irregularmente desmatadas nesses municípios.

Também no sábado, um grupo de aproximadamente 30 madeireiros armados, segundo informações do Ibama, retiveram, por três horas, em Dom Eliseu, fiscais do órgão que estavam em dois caminhões com madeira apreendida. Os responsáveis pelo ataque, ainda de acordo com o Ibama, organizaram na manhã seguinte uma manifestação violenta no centro do município, quando incendiaram pneus e ameaçaram atear fogo no hotel onde os agentes federais estavam hospedados. Os madeireiros reivindicavam a retirada do Ibama da região. No início da tarde, após reunião de lideranças locais com a coordenadora da Operação Soberania Nacional na região, Taíse Ribeiro, o protesto foi encerrado, com a promessa de assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta que está em negociação para o setor, envolvendo Ministério Público Federal, Ibama e as secretarias de Meio Ambiente do Pará e de Dom Eliseu.

Para o Ibama, os ataques são represálias às ações das autoridades para desarticular o setor madeireiro que atua ilegalmente na região.

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Brasília - O cacique Valdeci Tembé, que estava desaparecido desde o fim de semana, após ter sido alvo de emboscada de grupos de madeireiros ilegais em Nova Esperança do Piriá, no Pará, foi encontrado por agentes da Polícia Federal na casa de um colono, a 60 quilômetros (km) do local do conflito. Segundo informações do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), o cacique, que fugiu pela floresta durante o ataque, foi encontrado em boas condições de saúde.

No sábado (1º), madeireiros tentaram impedir o trabalho dos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que eram guiados pelo cacique, no município paraense, perto da divisa com Paragominas. No local, há um importante foco de extração ilegal de madeira dentro da Terra Indígena Alto Rio Guamá. Os servidores do Ibama foram rendidos por madeireiros armados e só foram libertados no domingo (2), após negociação com o coordenador da ação do órgão federal, Norberto Neves. Nenhum servidor do Ibama ou policial ficou ferido ou sofreu agressão física.

O MPF/PA informou, por meio da assessoria de imprensa, que o órgão aguarda o retorno de equipes da Polícia Federal e do Batalhão de Polícia Ambiental do Pará que estão na região. O procurador da República Gustavo Henrique Oliveira, em Paragominas, enviou ofícios à Polícia Federal, ao Ibama, à Fundação Nacional do Índio (Funai), à Secretaria de Segurança Pública e ao Batalhão de Polícia Ambiental do Pará pedindo informações sobre a situação e reforço policial urgente.


Ontem (3), o Ibama deslocou para a região agentes que fiscalizavam carvoarias na Operação Saldo Negro, Marabá, distante cerca de 230 km. A equipe também conta com o reforço de homens da Polícia Militar do Pará.

O Ibama informou que combate o desmatamento e a exploração ilegal de madeira na região de Dom Eliseu - que inclui Ulianópolis, Rondon do Pará e Paragominas, próximo à Nova Esperança do Piriá. Desde setembro, quando foi iniciada a Operação Soberania Nacional, o órgão aplicou R$ 44 milhões em multas e embargou 7 mil hectares de florestas irregularmente desmatadas nesses municípios.

Também no sábado, um grupo de aproximadamente 30 madeireiros armados, segundo informações do Ibama, retiveram, por três horas, em Dom Eliseu, fiscais do órgão que estavam em dois caminhões com madeira apreendida. Os responsáveis pelo ataque, ainda de acordo com o Ibama, organizaram na manhã seguinte uma manifestação violenta no centro do município, quando incendiaram pneus e ameaçaram atear fogo no hotel onde os agentes federais estavam hospedados. Os madeireiros reivindicavam a retirada do Ibama da região. No início da tarde, após reunião de lideranças locais com a coordenadora da Operação Soberania Nacional na região, Taíse Ribeiro, o protesto foi encerrado, com a promessa de assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta que está em negociação para o setor, envolvendo Ministério Público Federal, Ibama e as secretarias de Meio Ambiente do Pará e de Dom Eliseu.

Para o Ibama, os ataques são represálias às ações das autoridades para desarticular o setor madeireiro que atua ilegalmente na região.

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