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Cachoeira é transferido para Goiânia

A Justiça Federal de Goiás marcou para esta terça as audiências de instrução para o julgamento de Cachoeira

Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como "Carlinhos Cachoeira": defesa tentou, sem sucesso, suspender as audiências (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como "Carlinhos Cachoeira": defesa tentou, sem sucesso, suspender as audiências (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 20h39.

Goiânia - Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, chegou nesta segunda em Goiânia e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal. A segurança no local foi reforçada com policiais federais e agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

A Justiça Federal de Goiás marcou para esta terça as audiências de instrução para o julgamento de Cachoeira, e outros sete membros da organização criminosa comandada pelo bicheiro. O processo é resultado da operação Monte Carlo, em que 81 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Em 31 de maio, uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu os depoimentos. Nesta terça, 10 testemunhas de defesa e outras quatro de acusação serão ouvidas. Na quarta-feira será a vez dos réus. Um deles - Geovani Pereira da Silva - está foragido.

Sem autorização para receber visitas, a namorada dele, Andressa Mendonça, esteve na sede da PF e entregou um bilhete "de amor". Ela voltou a dizer que o bicheiro está deprimido. Durante a tarde, Cachoeira passou por exames psicológicos a pedido do juiz da 11ª Vara Federal, Alderico Santos. A consulta foi realizada por um perito da PF e acompanhada por Antônio Frota, psiquiatra do contraventor. A partir da avaliação, o magistrado poderá decidir se ele permanece preso ou poderá responder ao processo em liberdade.


O magistrado também autorizou que Carlinhos Cachoeira conversasse com seus advogados, reservadamente, por quatro horas.

Na última semana, a defesa de Cachoeira tentou suspender as audiências, alegando que nem todas as diligências, especialmente aquelas direcionadas às empresas de telefonia, foram cumpridas. No entanto, o Alderico Santos indeferiu o pedido e manteve as audiências. Advogado de Cachoeira, Augusto Botelho, afirmou que a defesa não irá recorrer da decisão e que as audiências devem ocorrer.

Convocado pela CPI que investiga suas relações com políticos, Cachoeira afirmou que estava disposto a contar o que sabia após o depoimento em juízo marcado para a quarta-feira.

Alderico Santos é quem vai conduzir as audiências. Ele foi designado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região depois que Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela abertura do processo de investigação, abandonou a causa diante de ameaças de morte. Santos é tido como um juiz independente e experiente.

Ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira, Adriano Aprígio foi solto nesta segunda depois de pagar uma fiança de R$ 10 mil. Sócio do Laboratório Vitapan, Aprígio foi preso depois de ameaçar a procuradora Léa Batista de Oliveira. Segundo a PF, o ex-cunhado era laranja do bicheiro.

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