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Cabral tinha camarão, castanhas, queijos e iogurte na cadeia

Durante uma vistoria na Cadeia Pública José Frederico Marques, o MP encontrou alimentos proibidos que haviam sido levados para o consumo do ex-governador

Cabral: também foram encontrados bolinhos de bacalhau e frios diversos (Marcelo Fonseca / FolhaPress/Folha de S.Paulo)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 20h58.

Rio - Uma vistoria do Ministério Público do Rio realizada na tarde desta sexta-feira, 24, na Cadeia Pública José Frederico Marques encontrou alimentos proibidos que haviam sido levados para consumo do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).

Havia camarão, bolinhos de bacalhau e queijos, além de iogurtes e refrigerantes - parte com o nome do ex-governador. A informação foi divulgada pela "Globonews".

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O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, que concentra os casos da Lava Jato no Rio, disse à reportagem que não recebeu a informação sobre a irregularidade oficialmente.

Cabral foi chamado pela direção da cadeia para acompanhar a inspeção e responder se os alimentos eram para ele. As imagens veiculadas pela "Globonews" mostram o ex-governador com uma expressão triste diante da descoberta.

É possível ver pelo menos um tonel com gelo com o nome Cabral no topo. A anotação indicaria que os itens, que necessitam de refrigeração constante, foram destinados a ele.

A vistoria foi feita pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP do Rio, e os alimentos apreendidos estão sendo encaminhados ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli, na Cidade da Polícia.

Segundo o MP, os alimentos eram não só para Cabral, mas para presos da Operação Lava Jato no Rio que estão na Cadeia Pública José Frederico Marques.

Foram encontrados, além de camarão, bolinhos de bacalhau, queijos, iogurtes e refrigerantes, também castanhas e frios diversos.

A Secretaria de Administração Penitenciária não comentou o assunto ainda, tampouco a defesa de Cabral.

Também estão presos na unidade a mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, um grupo de presos da Lava Jato, e ainda o ex-governador Anthony Garotinho (PR), a ex-governadora Rosinha Garotinho, o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, e os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi (os três do PMDB).

O MP está investigando por que a Seap não incluiu fotografias nos cadastros de Cabral, Picciani, Melo e do ex-secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes.

Eles foram fotografados com o uniforme do sistema, mas as imagens não constam do cadastro, como acontece com os outros presos.

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