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Cabral relata “indignação” e diz ter “consciência tranquila”

O peemedebista é suspeito de ter recebido propinas milionárias sobre obras de empreiteiras no Rio de Janeiro durante seus dois mandatos

Cabral: esquema do ex-governador teria girado R$ 224 milhões em corrupção (Tomaz Silva/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 18h21.

São Paulo - O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) relatou em depoimento à Operação Lava Jato, após ser preso, "indignação" e declarou ter a "consciência tranquila".

O peemedebista é suspeito de ter recebido propinas milionárias sobre obras de empreiteiras no Estado durante seus dois mandatos (2007-2014). O esquema teria girado R$ 224 milhões em corrupção.

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Sérgio Cabral foi delatado por executivos da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia. Para o Ministério Público Federal, o ex-governador era o chefe do esquema de corrupção.

Durante o depoimento, foi dada a palavra a Sérgio Cabral. "O mesmo externou sua indignação com a situação e a afirmação dos delatores e que tem a consciência tranquila quanto as mentiras absurdas que lhe foram imputadas e que acredita na Justiça."

O peemedebista foi questionado, durante o depoimento, "se alguma vez foi beneficiado com contratos, pagamentos de propina e realização de contratos de auditorias e ou outros pelas empresas que receberam incentivos fiscais".

"O depoente esclarece que não e que toda a sua política foi voltada para o crescimento do econômico do Estado; que consigna ainda que no seu período o Estado passou de uma arrecadação de ICMS de R$ 26 bilhões para cerca de R$ 75 bilhões", disse Sérgio Cabral.

O ex-governador também foi questionado se teria pedido propina sobre obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. As vantagens indevidas foram delatadas pelos executivos Rogério Nora e Clóvis Primo, da Andrade Gutierrez.

"O declarante afirma que as declarações são inverídicas", disse. "Relata que acha que essas informações apresentadas nas delações dos retro mencionados foram para salvar as delações dos executivos da Andrade Gutierrez e Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras), desconhecendo tais fatos e sendo isso uma 'mentira'."

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