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Butantan suspende produção e reduz entrega de vacina pela metade

O anúncio foi feito por Doria durante a entrega do último lote da primeira etapa do contrato de 46 milhões de doses da vacina para o Programa Nacional de Imunizações

 (Amanda Perobelli/Reuters)

(Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2021 às 15h50.

Última atualização em 14 de maio de 2021 às 16h28.

A produção da Coronavac, vacina contra a covid-19 do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, foi interrompida por falta de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) nesta sexta-feira, 14, durante a entrega do último lote da primeira etapa do contrato de 46 milhões de doses da vacina para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

A situação também vai impactar na previsão de entrega de doses para o mês de maio. De acordo com o instituto, o número seria de 12 milhões de doses, mas o repasse deve ser de pouco mais de 5 milhões. Segundo a gestão estadual, o cronograma de vacinação anunciado será cumprido, mas é possível que o ritmo seja desacelerado para que não ocorram interrupções.

"Não temos mais insumos, mais IFA, para a produção de vacinas Coronavac, que até aqui abasteceram 70% de todo o sistema vacinal do País. Não temos porque o governo da China ainda não liberou o embarque de 10 mil litros de insumos que estão prontos destinados ao Instituto Butantan pelo laboratório Sinovac, que correspondem a aproximadamente 18 milhões de doses da vacina, absolutamente necessários para manter a frequência do sistema vacinal, acelerar e, principalmente, atender aqueles que precisam tomar a segunda dose da vacina", disse o governador de São Paulo.

 

Ofensas de Bolsonaro à China

Doria voltou a afirmar que o atraso para a liberação está ligado a ofensas que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e membros do governo federal fizeram ao governo chinês e à China, algo que acabou interferindo nas negociações.

"Todos sabem que temos um entrave diplomático, fruto de declarações inadequadas, desastrosas feitas pelo governo federal contra a China, contra o governo da China e a própria vacina. Isso gerou um bloqueio por parte do governo chinês para a liberação do embarque desses insumos", disse Doria.

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