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Bruno Covas se licencia do cargo de prefeito de SP para tratar câncer

Prefeito volta a se internar ainda hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no qual recebeu alta na última terça-feira, 27

Bruno Covas, prefeito de São Paulo (Patrícia Cruz/Divulgação)

Bruno Covas, prefeito de São Paulo (Patrícia Cruz/Divulgação)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 2 de maio de 2021 às 17h40.

Última atualização em 3 de maio de 2021 às 12h53.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decidiu se licenciar do cargo neste domingo, 2, para nova rodada de tratamento contra o câncer, que foi diagnosticado em 2019. Covas voltou a ser internado no Hospital Sírio Libanês para fazer exames e dar continuidade à quimioterapia e à imunoterapia. Por meio de sua conta do Twitter, o prefeito publicou, no final desta tarde, uma nota anunciando o afastamento.

“Sempre disse que minha responsabilidade com São Paulo conduziria minhas decisões. Tenho seguido à risca as orientações da equipe médica e venho trabalhando em regime de teletrabalho, ao longo desses últimos dias, contando com a dedicação e empenho de nossa equipe. Mas agora, diante dos novos focos da doença, meu corpo está exigindo que eu dedique mais tempo ao tratamento, que entra em uma fase muito rigorosa”, publicou o prefeito em nota .

https://twitter.com/brunocovas/status/1388953317435445257

Com o afastamento do Covas, quem assume a Prefeitura é seu vice Ricardo Nunes (MDB). O ofício com o pedido de afastamento será enviado nesta segunda, 3, à Câmara, para aprovação.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o médico David Uip, que acompanha o tratamento de Covas, afirmou que o motivo do afastamento são reações adversas que o prefeito pode enfrentar. "Ele precisa se dedicar ao tratamento, que pode levar a reações adversas, como náuseas e vômitos. É um tratamento pesado. Por isso achamos melhor que ele se afaste."

O médico Tulio Pfeiffer, que também integra a equipe médica que acompanha Covas, relatou que esteve de manhã na casa do prefeito conversaram sobre o pedido de licença. "Ele mesmo preferiu tirar uma licença de 30 dias para se dedicar ao tratamento. Mencionou que não estava com a produtividade esperada e nem a que a cidade merecia."

"Desde que recebeu o diagnóstico da enfermidade, Covas adotou total transparência em respeito à população", diz a Prefeitura, em nota. "Com o surgimento de novos focos, o prefeito de São Paulo precisará de dedicação integral ao tratamento e entende que não será compatível com as suas responsabilidades e compromisso com a cidade e os paulistanos."

O presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM), informou que assim que notificado dará publicidade ao pedido de licença médica e comunicará o vice-prefeito que passa a responder pelo comando da cidade. Segundo Leite, o processo é meramente formal, não havendo necessidade de qualquer tipo de aprovação pela Casa.

Avanço da doença

O prefeito havia recebido alta médica na terça-feira, 27, após passar 12 dias no Hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo, internado em decorrência do tratamento de câncer a que se submete desde novembro de 2019.

Covas vinha sendo atendido com um protocolo que inclui tanto quimioterapia quanto imunoterapia. O prognóstico era que seguiria ambos os procedimentos com aplicações dos medicamentos em sessões 48 horas de duração, a cada duas semanas, depois da alta. 

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