Brasil tem pluralidade religiosa em grupos minoritários
Os católicos, no entanto, continuam sendo maioria no país
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 10h43.
Rio de Janeiro - Embora os católicos continuem sendo maioria no país, somando mais de 123 milhões de brasileiros, os dados do Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência, divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma grande diversidade religiosa entre a população brasileira.
Na última década, além dos evangélicos, grupo que mais cresceu no período, passando de 15,4% para 22,2% e totalizando 42,3 milhões de pessoas no país, também tiveram expansão os espíritas, que passaram de 1,3% para 2% e somaram 3,8 milhões em 2010; os que se declararam sem religião, que subiram de 7,4% para 8%, ultrapassando os 15 milhões; e o conjunto pertencente a outras religiosidades, que cresceu de 1,8% para 2,7%, totalizando pouco mais de 5 milhões de brasileiros. Os adeptos da umbanda e do candomblé mantiveram-se em 0,3% ao longo da década, representando quase 590 mil pessoas.
De acordo com o pesquisador da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Cláudio Crespo, os números apontam que, embora a tradição cristã seja forte no país, há um convívio com grupos minoritários.
“Uma coisa que chama a atenção no campo religioso no Brasil, diferentemente de muitos países, é a pluralidade religiosa. Apesar da hegemonia dos grupamentos cristãos, que representam 88,8% da população, a própria lista do censo é um exemplo desse convívio com grupos minoritários. O país, embora tenha raízes na sua colonização, influências regionais em função da ocupação e das migrações, tem também uma diversidade religiosa bastante significativa e isso é importante em um contexto em que há uma maioria definida”, destacou.
Cláudio Crespo enfatizou ainda que pela primeira vez foi identificado um contingente de ateus. Ao todo, 615 mil brasileiros se declararam com essa classificação, o que corresponde a 4% do grupo sem religião. O pesquisador do IBGE explicou que esse número pode ser maior, já que a declaração nessa subdivisão foi feita espontaneamente, sem que houvesse um campo específico.
Rio de Janeiro - Embora os católicos continuem sendo maioria no país, somando mais de 123 milhões de brasileiros, os dados do Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência, divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma grande diversidade religiosa entre a população brasileira.
Na última década, além dos evangélicos, grupo que mais cresceu no período, passando de 15,4% para 22,2% e totalizando 42,3 milhões de pessoas no país, também tiveram expansão os espíritas, que passaram de 1,3% para 2% e somaram 3,8 milhões em 2010; os que se declararam sem religião, que subiram de 7,4% para 8%, ultrapassando os 15 milhões; e o conjunto pertencente a outras religiosidades, que cresceu de 1,8% para 2,7%, totalizando pouco mais de 5 milhões de brasileiros. Os adeptos da umbanda e do candomblé mantiveram-se em 0,3% ao longo da década, representando quase 590 mil pessoas.
De acordo com o pesquisador da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Cláudio Crespo, os números apontam que, embora a tradição cristã seja forte no país, há um convívio com grupos minoritários.
“Uma coisa que chama a atenção no campo religioso no Brasil, diferentemente de muitos países, é a pluralidade religiosa. Apesar da hegemonia dos grupamentos cristãos, que representam 88,8% da população, a própria lista do censo é um exemplo desse convívio com grupos minoritários. O país, embora tenha raízes na sua colonização, influências regionais em função da ocupação e das migrações, tem também uma diversidade religiosa bastante significativa e isso é importante em um contexto em que há uma maioria definida”, destacou.
Cláudio Crespo enfatizou ainda que pela primeira vez foi identificado um contingente de ateus. Ao todo, 615 mil brasileiros se declararam com essa classificação, o que corresponde a 4% do grupo sem religião. O pesquisador do IBGE explicou que esse número pode ser maior, já que a declaração nessa subdivisão foi feita espontaneamente, sem que houvesse um campo específico.