Brasil tem 14 mil pacientes recuperados da covid-19, diz Saúde
Até esta terça-feira, 14, o Ministério da Saúde informou que 55% das pessoas que já passaram pela infecção estão recuperadas
Clara Cerioni
Publicado em 14 de abril de 2020 às 18h31.
Última atualização em 15 de abril de 2020 às 10h30.
Pela primeira vez, o Ministério da Saúde divulgou o número de pacientes recuperados do novo coronavírus no Brasil. Até esta terça-feira, 14, são 14.026 pessoas que já passaram pela infecção, o que representa 55% de todos os casos confirmados no país.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a regra para notificar os casos recuperados da covid-19 será igual a de todos os outros países do mundo que divulgam essa informação: a partir dos casos confirmados.
"Eu só posso falar em paciente recuperado, a partir de paciente que eu confirmei que teve coronavírus. Não posso falar em recuperação de assintomáticos", diz.
Nessa lógica, explica, dos25.262 casos confirmados até agora 1.532 vieram a óbito. Outros 9.504 estão internados ou aguardando algum exame. O saldo é de 14.026 recuperados. Não se usa o termo curado porque há, ainda, uma série de dúvidas sobre o potencial de transmissão e de novas infecções mesmo após desaparecimento dos sintomas.
Apesar do dado positivo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que o desafio central daqui para frente é garantir que o sistema de saúde não entre em colapso. "Se nós tivéssemos na situação ideal, com a quantidade certa de respiradores e de leitos, nós poderíamos estar mais tranquilo em relação a nossa caminhada".
Pesquisadores de todo o mundo ainda buscam encontrar melhores tratamentos ou criar uma vacina que previna o contágio do vírus. Por ora, nenhuma evidência encontrada nos estudos é conclusiva. Melinda Gates, da Fundação Bill & Melinda Gates, estimou nesta semana que o tempo de desenvolvimento de uma vacina seja de 18 meses.
Nesse contexto, há testes de medicamentos, como a hidroxicloroquina, mas os tratamentos convencionais contra síndromes respiratórias agudas graves têm sido adotados por médicos de todo o mundo, junto ao isolamento social para evitar novos contágios.