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Brasil tem 300 milhões de doses de vacina, diz Saúde; CoronaVac é ignorada

Pazuello disse que qualquer vacina que tiver comprovada sua eficácia e segurança, assim como registro da Anvisa, vai ser comprada pelo governo federal

CoronaVac: Bolsonaro já vetou publicamente um acordo do governo federal para uso da vacina chinesa (Amanda Perobelli/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 19h27.

Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 20h35.

O Brasil possui atualmente mais de 300 milhões de doses devacinascontra covid-19 garantidas por meio de diferentes acordos, que aguardam apenas o aval da Anvisa para ser usadas na população, disse nesta terça-feira o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que ignorou a CoronaVac em sua contas.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto, Pazuello detalhou os acordos que o país fechou até o momento para receber e produzir no país o imunizante da AstraZeneca, assim como o acordo fechado com a aliança global de vacinação Covax Facility e ainda a provável contratação — que está na fase de memorando de entendimento — com a farmacêutica Pfizer.

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Nesse último acerto, o ministro disse que o memorando assinado prevê 70 milhões de doses da vacina da Pfizer para começar o recebimento a partir de janeiro de 2021.

Na fala, Pazuello disse que qualquer vacina que tiver comprovada sua eficácia e segurança, assim como registro da Anvisa, vai ser comprada pelo governo federal. "Não abrimos mão disso", destacou.

Contudo, em nenhum momento o ministro mencionou nominalmente a CoronaVac, imunizante da chinesa Sinovac que está sendo testado e produzido no país pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Doria e o presidente Jair Bolsonaro têm tido um embate em relação ao protagonismo sobre a vacinação no país.

Em um recado indireto ao governador de São Paulo, João Doria, que anunciou na véspera o início da vacinação com a CoronaVac no estado em 25 de janeiro, o titular da Saúde também destacou que o país é uma só nação.

"Não podemos dividir o Brasil num momento em que todos nós passamos essas dificuldades", afirmou.

Bolsonaro já vetou publicamente um acordo do governo federal para uso da CoronaVac.

Em reunião mais cedo com governadores , em que se discutiu um plano nacional de vacinação, Pazuello comprometeu-se em comprar todas vacinas que forem aprovadas pela Anvisa e, quanto ao imunizante chinês, disse também que vai adquiri-la se tiver demanda.

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