Diplomacia: cinco diplomatas e 11 servidores foram retirados de Cracas nesta quinta (5) (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de março de 2020 às 18h02.
Última atualização em 5 de março de 2020 às 18h08.
Brasília — O governo brasileiro começou a retirar da embaixada e do Consulado Geral em Caracas os diplomatas na Venezuela. Cinco diplomatas e 11 servidores administrativos de vários níveis foram removidos nesta quinta-feira (5), em um movimento coordenado de esvaziamento dos postos diplomáticos no país.
Duas portarias publicadas retiram boa parte dos servidores do setor consular em Caracas. Uma delas inclui a embaixadora Elza de Castro, cônsul-geral, e os conselheiros na embaixada Carlos Leopoldo de Oliveira e Rodolfo Braga, além de remover Francisco Chaves do Nascimento Filho do consulado brasileiro em Ciudad Guayana.
A segunda, trata da saída de oficiais de chancelaria, assistentes de chancelaria e outros servidores da área de administrativa da embaixada e dos consulados.
O governo brasileiro não rompeu formalmente relações diplomáticas com o governo venezuelano, como fizeram outros governos, como o canadense, seguindo apelo de diplomatas e militares, que consideravam a manutenção da embaixada uma maneira de manter uma ponte com o país vizinho --além da necessidade de atendimento consular aos mais de 10 mil brasileiros que oficialmente moram na Venezuela.
No entanto, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, há a decisão de esvaziar os postos diplomáticos, mas não uma decisão tomada de fechá-los. Nos próximos dias deverão ser removidos outros servidores brasileiros, mas não se sabe se os postos ainda manterão os funcionários locais.
Da mesma forma, o governo brasileiro não está renovando as credenciais dos representantes do governo de Nicolás Maduro em Brasília. Oficialmente, o governo do presidente Jair Bolsonaro reconhece a representante do autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó, Maria Teresa Belandria, como embaixadora da Venezuela.