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Brasil quer ser aliado de primeira ordem de Cuba, diz Dilma

Dilma Rousseff inaugurou com seu homólogo cubano Raúl Castro o primeiro "megaporto" do Caribe em Mariel, 45 km a oeste de Havana

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 19h15.

Dilma Rousseff declarou nesta segunda-feira que seu país quer ser um "aliado econômico de primeira ordem para Cuba ", ao inaugurar com seu homólogo cubano Raúl Castro o primeiro "megaporto" do Caribe em Mariel, 45 km a oeste de Havana.

O governo brasileiro financiou com 802 milhões de dólares a primeira etapa deste projeto conjunto, a maior obra de infraestrutura de Raúl Castro, e aportará outros 290 milhões de dólares para viabilizar uma zona franca comercial e industrial neste porto.

"O Brasil acredita e aposta no capital humano de Cuba", disse Rousseff depois de cortar simbolicamente, junto com Raúl Castro, uma fita com as cores cubanas - branco, azul e vermelho, na inauguração do megaporto, no marco da cúpula de Celac em Havana.

A presidente destacou que o "Brasil deseja ser um aliado econômico de primeira ordem para Cuba". O gigante sul-americano é o segundo sócio comercial de Cuba na região, depois da Venezuela.

"O Brasil se orgulha de se associar a Cuba neste, que é o primeiro porto de contêineres do Caribe com capacidade para se integrar à rede logística interoceânica", informou Rousseff.

Primeiros 702 metros de cais

Os primeiros 702 metros do cais de Mariel e quatro enormes gruas para contêineres já estão operando neste porto, que absorverá mais à frente todo o tráfico de carga de Havana, cuja baía ficará reservada para cruzeiros.

Raúl Castro agradeceu o apoio brasileiro neste ambicioso projeto, que abre a possibilidade de que Mariel se transforme em ponto de reembarque por outros países, embora o embargo norte-americano sobre Cuba possa complicar sua operação.

"Desde este momento (o megaporto de Mariel) se insere no sistema portuário cubano e latino-americano", disse o líder cubano, acrescentando que "terminou a primeira fase, mas devemos continuar trabalhando" neste projeto.

A fase seguinte implica a ampliação dos cais e a construção de una zona franca comercial e industrial, para qual Cuba está buscando investidores estrangeiros.


Com este fim, Raúl Castro se propõe ditar em março uma nova lei de investimentos estrangeiros - que substituirá a uma promulgada por seu irmão Fidel Castro há duas décadas - a fim de dar maior autonomia às empresas estrangeiras na ilha, que vêm operando em sociedade com o Estado cubano.

"Nós financiamos (...) nesta primeira fase 802 milhões de dólares em bens e serviços e também envolvemos neste processo cerca de 400 empresas brasileiras", disse Rousseff, que visita Cuba pela segunda vez desde que é presidente do Brasil.

"Na segunda etapa, financiaremos 290 milhões de dólares para a implantação da zona especial de desenvolvimento de Mariel que se transformará na chave para a promoção do desenvolvimento econômico cubano", acrescentou.

Rousseff destacou que "mesmo sendo submetido ao injusto bloqueio econômico (norte-americano) Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe".

"Este desempenho aumentará substancialmente com a entrada em funcionamento do porto e da zona especial de desenvolvimento (a zona franca) de Mariel", acrescentou.

A presidente destacou que Mariel - cujo canal de acesso e baía terão 18 metros de profundidade - "poderá acolher barcos super Postpanamax", capazes de transportar mais de 12.000 contêineres, o que barateia o custo do transporte marítimo.

Esses enormes navios também começarão a cruzar o Canal do Panamá quando forem concluídos os trabalhos de ampliação da via interoceânica em 2015, o que funcionários cubanos acreditam que beneficiará Mariel.

Contudo, o embargo norte-americano pode complicar estas positivas projeções já que, entre outras restrições, impede que os mercantes que atracaram em Cuba naveguem diretamente a portos dos Estados Unidos.

Participaram da cerimônia de inauguração os presidentes da Bolívia, Evo Morales; Venezuela, Nicolás Maduro; Haiti, Michel Martelly; Guiana, Donald Ramotar; e a primeira-ministra de Jamaica, Portia Simpson-Miller.

A cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) acontecerá na terça e na quarta-feira em Havana.

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O governo brasileiro financiou com 802 milhões de dólares a primeira etapa deste projeto conjunto, a maior obra de infraestrutura de Raúl Castro, e aportará outros 290 milhões de dólares para viabilizar uma zona franca comercial e industrial neste porto.

"O Brasil acredita e aposta no capital humano de Cuba", disse Rousseff depois de cortar simbolicamente, junto com Raúl Castro, uma fita com as cores cubanas - branco, azul e vermelho, na inauguração do megaporto, no marco da cúpula de Celac em Havana.

A presidente destacou que o "Brasil deseja ser um aliado econômico de primeira ordem para Cuba". O gigante sul-americano é o segundo sócio comercial de Cuba na região, depois da Venezuela.

"O Brasil se orgulha de se associar a Cuba neste, que é o primeiro porto de contêineres do Caribe com capacidade para se integrar à rede logística interoceânica", informou Rousseff.

Primeiros 702 metros de cais

Os primeiros 702 metros do cais de Mariel e quatro enormes gruas para contêineres já estão operando neste porto, que absorverá mais à frente todo o tráfico de carga de Havana, cuja baía ficará reservada para cruzeiros.

Raúl Castro agradeceu o apoio brasileiro neste ambicioso projeto, que abre a possibilidade de que Mariel se transforme em ponto de reembarque por outros países, embora o embargo norte-americano sobre Cuba possa complicar sua operação.

"Desde este momento (o megaporto de Mariel) se insere no sistema portuário cubano e latino-americano", disse o líder cubano, acrescentando que "terminou a primeira fase, mas devemos continuar trabalhando" neste projeto.

A fase seguinte implica a ampliação dos cais e a construção de una zona franca comercial e industrial, para qual Cuba está buscando investidores estrangeiros.


Com este fim, Raúl Castro se propõe ditar em março uma nova lei de investimentos estrangeiros - que substituirá a uma promulgada por seu irmão Fidel Castro há duas décadas - a fim de dar maior autonomia às empresas estrangeiras na ilha, que vêm operando em sociedade com o Estado cubano.

"Nós financiamos (...) nesta primeira fase 802 milhões de dólares em bens e serviços e também envolvemos neste processo cerca de 400 empresas brasileiras", disse Rousseff, que visita Cuba pela segunda vez desde que é presidente do Brasil.

"Na segunda etapa, financiaremos 290 milhões de dólares para a implantação da zona especial de desenvolvimento de Mariel que se transformará na chave para a promoção do desenvolvimento econômico cubano", acrescentou.

Rousseff destacou que "mesmo sendo submetido ao injusto bloqueio econômico (norte-americano) Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe".

"Este desempenho aumentará substancialmente com a entrada em funcionamento do porto e da zona especial de desenvolvimento (a zona franca) de Mariel", acrescentou.

A presidente destacou que Mariel - cujo canal de acesso e baía terão 18 metros de profundidade - "poderá acolher barcos super Postpanamax", capazes de transportar mais de 12.000 contêineres, o que barateia o custo do transporte marítimo.

Esses enormes navios também começarão a cruzar o Canal do Panamá quando forem concluídos os trabalhos de ampliação da via interoceânica em 2015, o que funcionários cubanos acreditam que beneficiará Mariel.

Contudo, o embargo norte-americano pode complicar estas positivas projeções já que, entre outras restrições, impede que os mercantes que atracaram em Cuba naveguem diretamente a portos dos Estados Unidos.

Participaram da cerimônia de inauguração os presidentes da Bolívia, Evo Morales; Venezuela, Nicolás Maduro; Haiti, Michel Martelly; Guiana, Donald Ramotar; e a primeira-ministra de Jamaica, Portia Simpson-Miller.

A cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) acontecerá na terça e na quarta-feira em Havana.

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