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Brasil levará à ONU insatisfação sobre espionagem

O ministro Paulo Bernardo garantiu que os dados sigilosos do governo estão protegidos


	Paulo Bernardo: segundo ministro, governo não está satisfeito com as explicações dadas até o momento pelas autoridades dos Estados Unidos
 (Elza Fiúza/ABr)

Paulo Bernardo: segundo ministro, governo não está satisfeito com as explicações dadas até o momento pelas autoridades dos Estados Unidos (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 15h21.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reforçou nesta quarta-feira, 14, que o governo da presidente Dilma Rousseff irá levar a discussão sobre a espionagem norte-americana à Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo o ministro, o governo não está satisfeito com as explicações dadas até o momento pelas autoridades dos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos não deram informação nenhuma, só generalidades que você consegue ler na Wikipedia", disse o ministro. Segundo ele, o Brasil irá protestar da forma "que é compatível".

Paulo Bernardo garantiu, ainda, que os dados sigilosos do governo estão protegidos. "Mas se você, como cidadão, colocou algum dado pessoal na internet, ele pode ter sido interceptado", disse. Ele não fixou prazo para o encaminhamento dessa denúncia à ONU.

O comentário foi feito após encerramento de audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta.

O objetivo da audiência foi debater eventuais fragilidades nos sistemas de guarda e fluxo de conteúdo de informações pessoais, oficiais ou economicamente estratégicas do cidadão brasileiro, do Estado e do setor privado.

Mais cedo, Paulo Bernardo disse que o governo não tem dúvidas de que agências de inteligência ligadas ao governo norte-americano tenham coletado não somente metadados, mas também armazenado conteúdo de comunicações de cidadãos brasileiros.

"Isso significa espionagem a brasileiros? Ora, se não é espionagem, é bisbilhotice. Com certeza absoluta isso viola a privacidade das pessoas."

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