Marcelo Castro: ele admitiu que faltou de diferentes entes federativos iniciativa de fazer campanhas não apenas em momentos de surto das doenças (Wilson Dias/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 15h39.
São Paulo - O ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), fez uma autocrítica ao Estado brasileiro, admitindo que os governos foram condescendentes com o mosquito Aedes aegypti, transmissor da zika (associada ao surto de microcefalia), dengue e chikungunya.
"Houve certa contemporização ao longo dos anos com mosquito da dengue e não podemos contemporizar com o mosquito, pois ele mata", afirmou o ministro a uma plateia de empresários.
Ele admitiu que faltou de diferentes entes federativos iniciativa de fazer campanhas não apenas em momentos de surto das doenças.
Castro repetiu as orientações que o governo vem passando de uso de repelentes, telas, calças compridas e sapatos fechados, especialmente no caso de mulheres grávidas.
"Não é pra ninguém entrar em pânico, mas tem que tomar o máximo de cuidado", disse, repetindo que a epidemia de microcefalia é 'gravíssima'.
O ministro também repetiu que a presidente Dilma Rousseff não está poupando recursos para o combate da zika e da microcefalia, apesar da crise econômica.
"A presidenta Dilma já se comprometeu publicamente que não faltarão recursos para combater essa epidemia. O Exército está nas ruas, os bombeiros, agentes comunitários."
Castro destacou ainda o acordo obtido pela pasta no Congresso Nacional, no início do mês, e que conseguiu R$ 7 bilhões a mais para o orçamento da Saúde no ano que vem.
Segundo o ministro, a área tinha déficit de R$ 9,2 bilhões previsto para 2016 e conseguiu reduzir isso para R$ 2,2 bilhões.
O peemedebista disse esperar conseguir reduzir ainda mais esse déficit para o ano que vem e até zerá-lo.