Exame Logo

Brasil e Turquia ampliam parceria na área de defesa

Autoridades brasileiras e turcas definiram criação de cinco grupos de trabalho para negociar parcerias nas áreas naval, aeronáutica, espacial e cibernética

O ministro da Defesa, Celso Amorim: nos dias em que passou na Turquia, Amorim conversou com políticos e empresários (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 09h51.

Brasília - As autoridades do Brasil e da Turquia definiram a criação de cinco grupos de trabalho para negociar parcerias nas áreas naval, aeronáutica, espacial e defesa cibernética. O acordo foi firmado entre os ministros da Defesa, Celso Amorim , e da Turquia, Ismet Yilmaz, em Ancara, capital turca. Nos três dias em que passou no país, Amorim conversou com políticos e empresários.

Amorim se reuniu também com o presidente da Turquia, Abdullah Gül, e o ministro das Relações Exteriores do país, Ahmet Davutoglu. Eles conversaram, segundo assessores, sobre a crise que atinge o Oriente Médio, principalmente o Egito e a Síria, países que sempre mantiveram estreita relação com a Turquia. No encontro, Amorim entregou uma carta da presidenta Dilma Rousseff, reiterando a disposição do país em incrementar a cooperação na área de defesa.

O Ministério da Defesa informou que os cinco grupos são formados por representantes do governo, civis e militares, além de integrantes de empresas da área de defesa dos dois países. Nos próximos dias, deverão ser definidas as datas de reuniões técnicas setoriais, que ocorrerão no Brasil e na Turquia até dezembro.

Nas reuniões em Ancara, o ministro turco destacou o elevado nível de parceria estratégica existente com o Brasil. Na área naval será estudada a possibilidade de troca de informações e o desenvolvimento conjunto de projetos de construção de navios-escolta: corvetas e fragatas.

O governo da Turquia construiu, a partir de projeto próprio, uma corveta com requisitos e características que podem interessar ao governo brasileiro. O Brasil também tem um projeto nativo de corveta, que serviu de base para a construção de um navio da nova classe de corvetas da Marinha, a Barroso.


No grupo aeronáutico, o Ministério da Defesa informou que as discussões incluem os veículos aéreos não tripulados (os vants). A Turquia desenvolveu projetos de helicópteros militares de ataque e de vants, além de ter experiência na integração e produção de peças. O Brasil desenvolve vants e tem experiência na fabricação de aviões civis e militares – projetos desenvolvidos pela Embraer.

O grupo espacial deve analisar as possibilidades de cooperação em sistemas de lançamento e de satélite (de sensoriamento e comunicações). O de comando e controle terá como objetivo
central a área de comunicações militares (com possibilidade de aplicação civil) por meio da tecnologia denominada Rádio Definido por Software (RDS).

O quinto grupo será responsável pela área de defesa cibernética, com base na experiência acumulada até o momento pelas forças militares das duas nações. O Brasil enviará representante à feira que a Turquia organizará sobre o tema, em novembro, em Ancara. Também foi discutida a possibilidade de abertura de novas vagas em cursos de operações de paz e de combate ao terrorismo, área em que as forças turcas têm ampla experiência.

Amorim participou das reuniões acompanhado do embaixador do Brasil na Turquia, Antonio Salgado, e os chefes da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e da Marinha do Brasil, Aderico Mattioli, Nilson Carminati e Antônio Carlos Frade Carneiro.

Veja também

Brasília - As autoridades do Brasil e da Turquia definiram a criação de cinco grupos de trabalho para negociar parcerias nas áreas naval, aeronáutica, espacial e defesa cibernética. O acordo foi firmado entre os ministros da Defesa, Celso Amorim , e da Turquia, Ismet Yilmaz, em Ancara, capital turca. Nos três dias em que passou no país, Amorim conversou com políticos e empresários.

Amorim se reuniu também com o presidente da Turquia, Abdullah Gül, e o ministro das Relações Exteriores do país, Ahmet Davutoglu. Eles conversaram, segundo assessores, sobre a crise que atinge o Oriente Médio, principalmente o Egito e a Síria, países que sempre mantiveram estreita relação com a Turquia. No encontro, Amorim entregou uma carta da presidenta Dilma Rousseff, reiterando a disposição do país em incrementar a cooperação na área de defesa.

O Ministério da Defesa informou que os cinco grupos são formados por representantes do governo, civis e militares, além de integrantes de empresas da área de defesa dos dois países. Nos próximos dias, deverão ser definidas as datas de reuniões técnicas setoriais, que ocorrerão no Brasil e na Turquia até dezembro.

Nas reuniões em Ancara, o ministro turco destacou o elevado nível de parceria estratégica existente com o Brasil. Na área naval será estudada a possibilidade de troca de informações e o desenvolvimento conjunto de projetos de construção de navios-escolta: corvetas e fragatas.

O governo da Turquia construiu, a partir de projeto próprio, uma corveta com requisitos e características que podem interessar ao governo brasileiro. O Brasil também tem um projeto nativo de corveta, que serviu de base para a construção de um navio da nova classe de corvetas da Marinha, a Barroso.


No grupo aeronáutico, o Ministério da Defesa informou que as discussões incluem os veículos aéreos não tripulados (os vants). A Turquia desenvolveu projetos de helicópteros militares de ataque e de vants, além de ter experiência na integração e produção de peças. O Brasil desenvolve vants e tem experiência na fabricação de aviões civis e militares – projetos desenvolvidos pela Embraer.

O grupo espacial deve analisar as possibilidades de cooperação em sistemas de lançamento e de satélite (de sensoriamento e comunicações). O de comando e controle terá como objetivo
central a área de comunicações militares (com possibilidade de aplicação civil) por meio da tecnologia denominada Rádio Definido por Software (RDS).

O quinto grupo será responsável pela área de defesa cibernética, com base na experiência acumulada até o momento pelas forças militares das duas nações. O Brasil enviará representante à feira que a Turquia organizará sobre o tema, em novembro, em Ancara. Também foi discutida a possibilidade de abertura de novas vagas em cursos de operações de paz e de combate ao terrorismo, área em que as forças turcas têm ampla experiência.

Amorim participou das reuniões acompanhado do embaixador do Brasil na Turquia, Antonio Salgado, e os chefes da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e da Marinha do Brasil, Aderico Mattioli, Nilson Carminati e Antônio Carlos Frade Carneiro.

Acompanhe tudo sobre:AeronáuticaAmérica LatinaÁsiaCelso AmorimDados de BrasilEuropaMinistério da DefesaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosTurquia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame