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Brasil e EUA estão alinhados sobre incêndios na Amazônia, diz ministro

"Eu acho que estamos na mesma página, os governos estão na mesma página", declarou Ernesto Araújo

ERNESTO ARAÚJO: Ministro das Relações Exteriores, foi recebido nesta sexta-feira pelo presidente Trump (Wilson Dias/Agência Brasil)

ERNESTO ARAÚJO: Ministro das Relações Exteriores, foi recebido nesta sexta-feira pelo presidente Trump (Wilson Dias/Agência Brasil)

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AFP

Publicado em 30 de agosto de 2019 às 17h52.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 18h08.

O Brasil e os Estados Unidos estão alinhados sobre os incêndios na Floresta Amazônica, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, nesta sexta-feira (30), após ser recebido pelo presidente Donald Trump na Casa Branca.

"Eu acho que estamos na mesma página, os governos estão na mesma página", declarou Araújo, para quem isso significa rejeitar o que ele definiu como uma interferência de governos estrangeiros em assuntos brasileiros por preocupação com o futuro da floresta.

Araújo foi recebido por Trump acompanhado de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, indicado pelo pai para se tornar embaixador em Washington.

O Brasil recebeu forte apoio do governo de Trump após críticas da Europa devido aos sinais de que o desmatamento e os incêndios cresceram na Amazônia durante a gestão de Bolsonaro.

O chanceler afirmou à imprensa que a reunião com Trump durou cerca de 30 minutos e mostrou "a natureza especial" das relações EUA-Brasil no governo de Bolsonaro.

"Ele e o presidente Bolsonaro, e ambos os governos, compartilham essa opinião de que os países são soberanos em seus territórios".

Ele também opinou que a importância dada à Floresta Amazônica como um fator único na regulação das mudanças climáticas é um exagero. "Temos consciência de quão importante a Amazônia é para o mundo. Mas outras florestas (também) são, outros ecossistemas", disse.

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram um total de 87.257 incêndios este ano, o maior número desde 2010, quando 132.106 focos foram detectados em todo o país.

Araújo, contudo, minimizou a importância dessas queimadas, dizendo que estão "na média, em comparação ao ano passado".

"Estamos sendo bem-sucedidos em apagar a maior parte do fogo", garantiu o chanceler.

 

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