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Brasil doa ao Haiti 1,5 milhão de doses de vacinas

O ministério doou, ao todo, 4 milhões de doses, que incluem também vacinas como a BCG, contra formas graves de tuberculose

Mais de 4 mil pessoas ao redor do mundo receberam uma ou mais doses da vacina (Stock Exchange)

Mais de 4 mil pessoas ao redor do mundo receberam uma ou mais doses da vacina (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 17h37.

Rio de Janeiro – O Brasil enviou ao Haiti 1,5 milhão de doses de vacina contra a poliomielite, que serão utilizadas na campanha de imunização do país caribenho, marcada para começar em 21 de abril. O objetivo, segundo o representante do Ministério da Saúde no Comitê Gestor do Projeto Saúde Brasil-Haiti, Carlos Felipe D’Oliveira, é apoiar o esforço haitiano para imunizar 2,5 milhões de crianças com até 10 anos de idade.

O ministério doou, ao todo, 4 milhões de doses, que incluem também vacinas como a BCG, contra formas graves de tuberculose; DPT, contra difteria, tétano e coqueluche; e DT, que protege contra difteria e tétano. Essas vacinas abastecerão o programa rotineiro de imunização.

Para a aquisição das doses, produzidas por fábricas brasileiras, entre elas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estão sendo investidos US$ 1,4 milhão. “O Haiti é o país das Américas com menor cobertura vacinal e teve seus programas bastante prejudicados após o terremoto [que o país sofreu em janeiro de 2010]. Consideramos esta uma atividade prioritária, que faz parte do acordo que o Brasil assinou com o Haiti, em março de 2010, logo após o terremoto. Na época, o Congresso Nacional aprovou um crédito extraordinário de cerca de US$ 70 milhões em ajuda ao país”, disse D’Oliveira.


Ele acrescentou que, além das vacinas, o apoio do Brasil envolve a compra de 500 caixas térmicas, três caminhões e gás propano, para manutenção dos refrigeradores. O governo brasileiro também vai enviar técnicos envolvidos na organização e gestão da campanha nacional de vacinação para auxiliar nas ações da mobilização haitiana, coordenadas por autoridades locais.

O representante do Ministério da Saúde ressaltou que o processo de reconstrução do país está sendo feito de forma “muito lenta” e que a nação ainda depende muito da ajuda internacional.

“A oferta de empregos ainda é muito pequena e a assistência pública ainda está muito deficiente, o que faz com que as pessoas tenham que utilizar recursos privados para financiar sua saúde. Isso, em uma população empobrecida, tem um impacto muito grande”, disse, acrescentando que os casos de cólera, malária, tuberculose e aids ainda preocupam muito as autoridades locais.

O terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro de 2010 deixou mais de 200 mil mortos, cerca de 860 desaparecidos e mais de 310 mil feridos.

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