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Brasil defende que sanções sejam em nível multilateral

Ministro Antonio Patriota diz que preocupação do governo brasileiro é que eventuais medidas afetem a população civil

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: 28 países da União Europeia anunciaram a suspensão das licenças de exportação de equipamentos de segurança e de armas para o país africano (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 17h22.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota , defendeu hoje (21) que quaisquer medidas de sanção ou restrição ao Egito , devido ao agravamento da crise no país, sejam adotadas em nível multilateral. Patriota descartou a hipótese de o Brasil suspender os acordos existentes, pois, para ele, as medidas devem ser definidas com base nas orientações do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A onda de violência no Egito provocou 750 mortos em apenas três dias.

Segundo o ministro, a preocupação do governo brasileiro é que eventuais medidas afetem a população civil. “O que nós defendemos é um debate multilateral e que, se houver alguma razão para a adoção de sanções, que sejam desenhadas de tal maneira que não tornem o sofrimento da população civil maior do que já, é em função dos distúrbios e da violência”, explicou Patriota após reunião, com o chanceler do Níger, Mohamed Bazoum, no Palácio Itamaraty.

De acordo com Patriota, o governo brasileiro acompanha de forma detalhada a situação no Egito. O chanceler do Níger lamentou o agravamento da situação e disse que o golpe de Estado que levou à destituição do presidente Mohamed Mursi é inadmissível. “Pedimos a abertura de diálogo e solução pela via democrática”, ressaltou Bazoum.

Mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, no Egito, o país não reduziu o volume de comércio com o Brasil. Ao lado da Arábia Saudita, da Turquia e do Irã, o Egito está entre os principais parceiros do Brasil entre os países com maioria de muçulmanos. No ano passado, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.

A postura brasileira de evitar sanções ao Egito é adotada no mesmo momento em que os chanceleres dos 28 países que integram a União Europeia anunciam a suspensão das licenças de exportação de equipamentos de segurança e de armas para o país africano.

Em reunião extraordinária hoje em Bruxelas, os ministros da UE decidiram rever a ajuda ao Egito, em resposta à onda de violência, que em três dias matou 750 pessoas no país.

Patriota lembrou que o Brasil condena a violência e a violação aos direitos humanos no Egito. Na semana passada, após a onda de violência, o embaixador do Egito no Brasil, Hossam Edlin Mohamed Ibrahim Zaki, foi chamado ao Ministério das Relações Exteriores, para prestar esclarecimentos e ouvir das autoridades brasileiras o protesto em relação aos confrontos no país.

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Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota , defendeu hoje (21) que quaisquer medidas de sanção ou restrição ao Egito , devido ao agravamento da crise no país, sejam adotadas em nível multilateral. Patriota descartou a hipótese de o Brasil suspender os acordos existentes, pois, para ele, as medidas devem ser definidas com base nas orientações do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A onda de violência no Egito provocou 750 mortos em apenas três dias.

Segundo o ministro, a preocupação do governo brasileiro é que eventuais medidas afetem a população civil. “O que nós defendemos é um debate multilateral e que, se houver alguma razão para a adoção de sanções, que sejam desenhadas de tal maneira que não tornem o sofrimento da população civil maior do que já, é em função dos distúrbios e da violência”, explicou Patriota após reunião, com o chanceler do Níger, Mohamed Bazoum, no Palácio Itamaraty.

De acordo com Patriota, o governo brasileiro acompanha de forma detalhada a situação no Egito. O chanceler do Níger lamentou o agravamento da situação e disse que o golpe de Estado que levou à destituição do presidente Mohamed Mursi é inadmissível. “Pedimos a abertura de diálogo e solução pela via democrática”, ressaltou Bazoum.

Mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, no Egito, o país não reduziu o volume de comércio com o Brasil. Ao lado da Arábia Saudita, da Turquia e do Irã, o Egito está entre os principais parceiros do Brasil entre os países com maioria de muçulmanos. No ano passado, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.

A postura brasileira de evitar sanções ao Egito é adotada no mesmo momento em que os chanceleres dos 28 países que integram a União Europeia anunciam a suspensão das licenças de exportação de equipamentos de segurança e de armas para o país africano.

Em reunião extraordinária hoje em Bruxelas, os ministros da UE decidiram rever a ajuda ao Egito, em resposta à onda de violência, que em três dias matou 750 pessoas no país.

Patriota lembrou que o Brasil condena a violência e a violação aos direitos humanos no Egito. Na semana passada, após a onda de violência, o embaixador do Egito no Brasil, Hossam Edlin Mohamed Ibrahim Zaki, foi chamado ao Ministério das Relações Exteriores, para prestar esclarecimentos e ouvir das autoridades brasileiras o protesto em relação aos confrontos no país.

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