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Brasil aguardará Mercosul para agir sobre Paraguai, diz fonte

O país, apesar de formar o Mercosul ao lado de Brasil, Argentina e Uruguai, foi suspenso da próxima reunião de cúpula do grupo

Lugo: ex-presidente foi deposto na sexta-feira por ampla maioria no Senado do país (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Lugo: ex-presidente foi deposto na sexta-feira por ampla maioria no Senado do país (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 20h28.

Paraguei - O Brasil irá aguardar a reunião dos presidentes do Mercosul, nesta semana, para decidir se haverá alguma medida adicional a ser adotada contra o Paraguai, disse nesta segunda-feira uma fonte da chancelaria brasileira.

O Paraguai, apesar de formar o Mercosul ao lado de Brasil, Argentina e Uruguai, foi suspenso da próxima reunião de cúpula do grupo, em Mendoza, por conta do impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo.

Lugo foi deposto na sexta-feira por ampla maioria no Senado do país. O processo contra ele foi aberto somente na véspera e países sul-americanos que condenaram a decisão afirmam que Lugo não teve garantido amplo direito de defesa.

Os países da Unasul estariam estudando a realização de uma reunião de emergência para discutir a questão paraguaia, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato. O Paraguai ocupa a presidência rotativa do bloco, que reúne 12 países da região. Uma data cogitada é dia 27 e a reunião poderia ocorrer em Lima, caso o Peru assumisse a liderança do grupo.

O Brasil reagiu à saída de Lugo chamando para consultas seu embaixador em Assunção, Eduardo dos Santos, que já chegou a Brasília, disse a fonte. Não há previsão para o retorno do diplomata ao Paraguai, mas as ações brasileiras serão tomadas "com cuidado".

"Você não ganha cutucando muito mais além. Tem que ir até onde é necessário", disse a fonte à Reuters, referindo-se às posições de Argentina, Equador e Venezuela.

Segundo a fonte, não há previsão do governo brasileiro realizar contato com o presidente Federico Franco, que assumiu a Presidência do Paraguai com a saída de Lugo.

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