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Brasil afasta cônsul em Sydney após denúncias

O decreto não explica as razões da decisão nem se refere às denúncias de assédio que o próprio Itamaraty admitiu recentemente que investiga


	Antonio Patriota: a"remoção" do cargo como cônsul em Sydney e seu retorno ao ministério em Brasília a um cargo não determinado foi confirmada em um decreto assinado pelo chanceler Antonio Patriota.
 (Antonio Cruz/ABr)

Antonio Patriota: a"remoção" do cargo como cônsul em Sydney e seu retorno ao ministério em Brasília a um cargo não determinado foi confirmada em um decreto assinado pelo chanceler Antonio Patriota. (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 17h53.

Brasília - O Ministério das Relações Exteriores (MRE) anunciou nesta quarta-feira o afastamento do cônsul geral em Sydney, Américo Fontenelle, após as denúncias de assédio moral e sexual feitas por funcionários na delegação diplomática na Austrália.

A "remoção" do cargo como cônsul em Sydney e seu retorno ao ministério em Brasília a um cargo não determinado foi confirmada em um decreto assinado pelo chanceler Antonio Patriota e publicado hoje pelo Diário Oficial da União.

O decreto não explica as razões da decisão nem se refere às denúncias de assédio que o próprio Itamaraty admitiu recentemente que investiga.

Fontenelle é diplomata de carreira e atualmente tem o grau de ministro de primeira classe, cadeira anterior à de embaixador.

O ministério admitiu ter recebido de funcionários do consulado três denúncias formais contra Fontenelle, assim como uma carta assinada por vários dos trabalhadores na delegação diplomática pedindo sua saída.

O diplomata é acusado de abuso de autoridade, humilhações, racismo, homofobia e de fazer insinuações de conteúdo sexual a subordinadas.

Segundo a Associação Internacional dos Funcionários Locais do MRE no Mundo (Aflex), nos últimos dois anos oito funcionários no consulado de Sydney se demitiram e outros seis pediram transferências após terem sido humilhados ou agredidos verbalmente pelo superior. 

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