Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2011 às 15h24.
Rio - O naufrágio de um pedalinho na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, levou o Corpo de Bombeiros a interditar o serviço de aluguel dessas pequenas embarcações na noite de sábado. Três pessoas tiveram de ser resgatadas das águas da Lagoa por causa do acidente, que assustou os frequentadores.
Com a instalação da árvore luminosa de Natal no espelho d'água da Lagoa, as duas empresas autorizadas estendem o serviço de pedalinhos até a noite, num programa que tradicionalmente atrai muitos cariocas em dezembro. Rodrigo Guilherme Moraes, de 19 anos, e Letícia Graziela Araújo, de 16, embarcaram num dos pedalinhos para apreciar a árvore de perto. Já distante do deque, o casal começou a gritar ao perceber que o pedalinho estava afundando.
Eles se jogaram na Lagoa para tentar nadar e a embarcação naufragou em seguida. Um jovem que estava num outro pedalinho também se atirou nas águas na tentativa de ajudar as vítimas, mas também começou a se afogar. Os três foram resgatados por pessoas que estavam nas margens da Lagoa e viram a cena.
Os três foram atendidos no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, e foram liberados em seguida, em bom estado de saúde. A operação dos pedalinhos foi suspensa ainda na noite de sábado por bombeiros do Grupamento Marítimo (G-Mar), responsáveis pela autorização e fiscalização do serviço. A interdição frustrou muitas crianças no domingo de sol.
Segundo informou a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros fará uma vistoria no local do acidente nesta semana. O caso foi registrado na delegacia da Gávea (15º DP), que abriu inquérito para investigar as circunstâncias e as responsabilidades pelo acidente. O dono da empresa que faz o serviço prestou depoimento no distrito, mas não quis dar entrevistas.
A Polícia Civil informou que já pediu ao Corpo de Bombeiros a retirada do pedalinho do fundo da Lagoa para que seja realizada uma perícia. Além de avaliar se os equipamentos estavam em bom estado ou se houve negligência por parte da empresa que aluga os pedalinhos, a polícia também vai investigar a hipótese levantada por testemunhas de que o casal pode ter provocado o desequilíbrio da embarcação sem querer ao sentarem muito próximos um do outro de um lado só do assento.