Bombeiros dobram esforços para retirar escombros de edifício em SP
Mais duas máquinas pesadas começaram a trabalhar na retirada de escombros e na busca por sobreviventes
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de maio de 2018 às 09h58.
Última atualização em 4 de maio de 2018 às 10h00.
São Paulo - Setenta e duas horas depois da tragédia no Edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, o Corpo de Bombeiros dobrou os esforços. Mais duas máquinas pesadas começaram a trabalhar na retirada de escombros e na busca por sobreviventes por volta das 6h desta sexta-feira, 4, quando os bombeiros deram início ao uso de mais um rompedor e uma retroescavadeira.
As duplas de máquinas trabalham em conjunto: com extremidade pontiaguda, o rompedor perfura e quebra lajes de concreto. Todo o entulho é carregado por uma retroescavadeira.
O maquinário pesado passou a ser utilizado no trabalho dos bombeiros 48 horas após o desabamento do edifício. Duas máquinas trabalharam ao longo desta quinta0feira, 3, na retirada de material pesado. Por dia, são retiradas em média 150 toneladas de ferro, concreto e metal.
"Recebemos agora, depois de limpar o terreno, mais um rompedor e mais uma retroescavadeira. A retroescavadeira é a que tem a pá, o rompedor é o que tem a ponta, que quebra a laje ou o pilar e depois consegue recolher os materiais", explicou o capitão dos Bombeiros Marcos Palumbo.
Segundo ele, neste quarto dia de trabalhos dos bombeiros, a expectativa é de localizar vãos onde podem estar os desaparecidos, as chamadas "células de sobrevivência". "Elas vão estar em alguns pontos da edificação. No momento em que a gente faz a retirada dessa grande quantidade de entulho sobreposta ali no local, a gente consegue achar vãos", disse Palumbo.
Até esta sexta-feira, foram localizados entre os escombros roupas, botijões de gás e bastante lixo. De acordo com o capitão, os fossos dos elevadores eram utilizados para descarte de lixo dos moradores do prédio - que podiam se transformar em material inflamável.