Bombeiros amotinados podem ser expulsos da corporação
Sérgio Cabral qualificou os bombeiros amotinados de “vândalos irresponsáveis” e a invasão ao quartel central de ação inaceitável
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2011 às 15h13.
Rio de Janeiro - O processo disciplinar que será aberto por determinação do governador do Rio, Sérgio Cabral, contra os 440 bombeiros (soldados rasos, cabos e sargentos) que invadiram na noite de ontem (3) o quartel central da corporação no Rio de Janeiro “é que vai dizer se eles serão expulsos”. A informação foi dada hoje (4) pelo secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, após coletiva concedida pelo governador.
Sérgio Cabral qualificou os bombeiros amotinados de “vândalos irresponsáveis” e a invasão ao quartel central de ação “inaceitável do ponto de vista do Estado de Direito democrático e do respeito à instituição centenária, admirada pelo povo do Rio de Janeiro”.
Cabral refutou a alegação dos manifestantes de que recebiam o pior salário do país, esclarecendo que, em seu governo, a corporação está tendo pela primeira vez um plano de recuperação salarial. “Não é verdade [que é o pior salário do Brasil]. E mesmo que fosse, não se justificaria a entrada no quartel, agindo contra a instituição. É intolerável”, afirmou Cabral.
De acordo com o governador, o salário médio dos bombeiros é de R$ 1,5 mil e chegará a R$ 2 mil no final do ano.
Cabral afirmou que em sua gestão estão sendo investidos R$ 120 milhões no Corpo de Bombeiros, na aquisição de viaturas, caminhões, equipamentos para a defesa civil, embarcações e aeronaves.
O governador disse que os 440 bombeiros não representam a corporação, que apresenta o maior contingente do país, com 17 mil homens. Cabral exonerou o comandante dos bombeiros, coronel Pedro Machado, e nomeou para seu lugar o coronel Sergio Simões, até então subsecretário de Defesa Civil do município do Rio.
O governador condenou a ação dos manifestantes, que “agiram de forma irresponsável”, levando mulheres e crianças para a invasão do quartel. Ele afirmou que “delinquentes políticos” estariam por trás das ações movidas pelo grupo de bombeiros e estimularam a desintegração da cadeia hierárquica. “Foram longe demais. Passaram do limite do aceitável. Não merecem estar nessa instituição”, criticou Cabral.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sergio Duarte, disse que a ação de repressão movida pela corporação para retirada dos invasores do quartel central dos bombeiros procurou evitar danos às crianças e mulheres no local. Ele disse ter usado toda cautela durante a ação quando autorizou a invasão do local pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e pelo Batalhão de Choque da PM. “Não houve nenhuma vítima fatal”, afirmou.
Segundo o coronel Duarte, o único ferido foi o coronel Waldyr Soares, do Batalhão de Choque, que quebrou a mão e feriu o joelho.
“A preocupação era grande com as crianças e mulheres. O grupo de bombeiros dizia que iria reagir à ação da PM”, explicou Duarte. Ele disse que os policiais estavam munidos de armas letais, porque sabiam que alguns bombeiros estavam armados, e prometeu apurar se as armas dos policiais militares foram usadas. “O importante é que não houve feridos com as armas letais”.
Rio de Janeiro - O processo disciplinar que será aberto por determinação do governador do Rio, Sérgio Cabral, contra os 440 bombeiros (soldados rasos, cabos e sargentos) que invadiram na noite de ontem (3) o quartel central da corporação no Rio de Janeiro “é que vai dizer se eles serão expulsos”. A informação foi dada hoje (4) pelo secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, após coletiva concedida pelo governador.
Sérgio Cabral qualificou os bombeiros amotinados de “vândalos irresponsáveis” e a invasão ao quartel central de ação “inaceitável do ponto de vista do Estado de Direito democrático e do respeito à instituição centenária, admirada pelo povo do Rio de Janeiro”.
Cabral refutou a alegação dos manifestantes de que recebiam o pior salário do país, esclarecendo que, em seu governo, a corporação está tendo pela primeira vez um plano de recuperação salarial. “Não é verdade [que é o pior salário do Brasil]. E mesmo que fosse, não se justificaria a entrada no quartel, agindo contra a instituição. É intolerável”, afirmou Cabral.
De acordo com o governador, o salário médio dos bombeiros é de R$ 1,5 mil e chegará a R$ 2 mil no final do ano.
Cabral afirmou que em sua gestão estão sendo investidos R$ 120 milhões no Corpo de Bombeiros, na aquisição de viaturas, caminhões, equipamentos para a defesa civil, embarcações e aeronaves.
O governador disse que os 440 bombeiros não representam a corporação, que apresenta o maior contingente do país, com 17 mil homens. Cabral exonerou o comandante dos bombeiros, coronel Pedro Machado, e nomeou para seu lugar o coronel Sergio Simões, até então subsecretário de Defesa Civil do município do Rio.
O governador condenou a ação dos manifestantes, que “agiram de forma irresponsável”, levando mulheres e crianças para a invasão do quartel. Ele afirmou que “delinquentes políticos” estariam por trás das ações movidas pelo grupo de bombeiros e estimularam a desintegração da cadeia hierárquica. “Foram longe demais. Passaram do limite do aceitável. Não merecem estar nessa instituição”, criticou Cabral.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sergio Duarte, disse que a ação de repressão movida pela corporação para retirada dos invasores do quartel central dos bombeiros procurou evitar danos às crianças e mulheres no local. Ele disse ter usado toda cautela durante a ação quando autorizou a invasão do local pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e pelo Batalhão de Choque da PM. “Não houve nenhuma vítima fatal”, afirmou.
Segundo o coronel Duarte, o único ferido foi o coronel Waldyr Soares, do Batalhão de Choque, que quebrou a mão e feriu o joelho.
“A preocupação era grande com as crianças e mulheres. O grupo de bombeiros dizia que iria reagir à ação da PM”, explicou Duarte. Ele disse que os policiais estavam munidos de armas letais, porque sabiam que alguns bombeiros estavam armados, e prometeu apurar se as armas dos policiais militares foram usadas. “O importante é que não houve feridos com as armas letais”.