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Bombeiros alcançam o segundo subsolo de prédio que desabou no centro de SP

Previsão dos bombeiros é que os trabalhos de escavações continuem por três dias. No momento, há 25 bombeiros trabalhando na remoção dos escombros

Desabamento: segundo capitão dos bombeiros, não houve qualquer tipo de identificação de célula de sobrevivência naquele local (Leonardo Benassatto/Reuters)

Desabamento: segundo capitão dos bombeiros, não houve qualquer tipo de identificação de célula de sobrevivência naquele local (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2018 às 15h46.

A imprensa teve acesso por alguns instantes, acompanhada do Corpo de Bombeiros, ao local exato do desabamento do prédio Wilton Paes de Almeida, no início da tarde desta quinta-feira, 10. Segundo a corporação, os trabalhos chegaram ao segundo subsolo.

"Nós temos já cinco metros escavados em alguns pontos e a estimativa é que tenham seis metros de escavação profunda. Conseguimos visualizar indícios de ocupação humana, muitas roupas, fogões e geladeiras que estão totalmente contorcidos", explicou o capitão Marcos Palumbo, porta-voz dos Bombeiros.

Segundo Palumbo, não houve qualquer tipo de identificação de célula de sobrevivência naquele local. "É muito difícil ter sobrevivente no local. Os restos mortais que encontramos estavam todos muito compactados", disse.

Desde o início dos trabalhos de busca, houve o desligamento de cinco pontos de energia. "Tem diversos pontos de energia clandestinos", afirmou o porta-voz.

A previsão dos bombeiros é que os trabalhos de escavações continuem por três dias. No momento, há 25 bombeiros trabalhando na remoção dos escombros. Mais de duas mil toneladas de entulhos foram retiradas.

Ossadas

Os restos mortais encontrados pelo Corpo de Bombeiros na manhã de quarta-feira, 9, entre os escombros do prédio Wilton Paes de Almeida, que desabou no centro de São Paulo, são compatíveis com três pessoas, sendo um adulto e duas crianças.

A identificação dos ossos foi realizada pelo Núcleo de Antropologia do Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, ainda não há definição de sexo ou estatura das vítimas. Os ossos encontrados, da coluna vertebral e da pelve, estão muito fragmentados em razão do impacto dos escombros sobre os corpos.

Durante a madrugada desta quinta-feira, 10, as buscas pelos desaparecidos chegaram a ser interrompidas por algumas horas em razão de um cabo energizado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as equipes tiveram de "esperar ele ser desenergizado" para seguir com os trabalhos. A corporação informou que toda a operação já foi retomada.

Na véspera, um homem que estava na lista de desaparecidos entre os escombros do prédio no Largo do Paiçandu foi encontrado vivo em uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

A Polícia Civil informou que uma tia de Arthur Hector de Paula prestou depoimento durante a tarde e confirmou que ele está em Minas Gerais.

O Corpo de Bombeiros ainda busca oficialmente seis pessoas que estão desaparecidas entre os destroços do prédio que desabou após pegar fogo na madrugada do dia 1º.

São elas: Francisco Dantas, de 56 anos, Selma Almeida da Silva, 41 anos, e os filhos gêmeos de 10 anos Werder e Wendel; e o casal Eva Barbosa Lima, de 42 anos, e Walmir Souza Santos, de 47 anos.

Na sexta-feira, os bombeiros encontraram o primeiro corpo entre os escombros. A vítima foi identificada como Ricardo Oliveira Galvão, de 39 anos, que estava sendo resgatado pelos bombeiros no momento em que o prédio desabou.

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