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Bolsonaro vai receber cotado para o MEC e já fala em "namoro"

Renato Feder é secretário de Educação do Paraná e tem apoio de partidos da base. As negociações para levá-lo ao cargo avançaram desde sexta-feira

Jair Bolsonaro: após as crises sucessivas empreendidas pelo ex-ministro, Planalto busca um nome técnico e distante de polêmicas (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: após as crises sucessivas empreendidas pelo ex-ministro, Planalto busca um nome técnico e distante de polêmicas (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 22 de junho de 2020 às 15h01.

Última atualização em 22 de junho de 2020 às 15h11.

Cotado para assumir a vaga de ministro da Educação, o secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, será recebido pelo presidente Jair Bolsonaro na terça-feira. Segundo interlocutores, a reunião é vista por Bolsonaro como uma oportunidade para que eles possam "namorar" antes de sacramentar a nomeação do secretário ao cargo.

As negociações para levar Feder ao cargo avançaram desde a última sexta-feira, e Bolsonaro já teria inclusive falado ao telefone com o possível sucessor de Weintraub.

A indicação é capitaneada pelo governador Ratinho Júnior (PSD) e teria sido uma sugestão do ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD). Como revelou O Globo na sexta-feira, Feder foi sondado pelo governo após a saída de Weintraub.

Após as crises sucessivas empreendidas pelo ex-ministro Abraham Weintraub, o Planalto busca um nome técnico e distante de polêmicas para comandar a pasta.

O nome de Feder seria um aceno também aos partidos da base aliada de Jair Bolsonaro no Congresso, à qual pertence o PSD. Feder já foi empresário do setor de tecnologia, mas também lecionou matemática por dez anos, além de ter sido diretor de escola.

Além de apoio importante no campo político, Feder também conta com o apoio de empresários bolsonaristas.

O secretário ainda é defensor do modelo de escolas cívico-militares, uma das principais plataformas do presidente Jair Bolsonaro na área da educação, o que o aproxima da ala militar do governo. Esse núcleo apoia o nome de Feder no cargo também para evitar a ascensão de um olavista ao MEC.

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