Bolsonaro: ex-presidente foi declarado inelegível por oito anos pelo TSE no mês passado (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 18 de outubro de 2023 às 16h20.
Última atualização em 18 de outubro de 2023 às 16h35.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 18, mas não prestou depoimento sobre a suposta ordem que teria dado para aliados espalharem fake news na eleição.
A defesa lançou mão do mesmo argumento usado para justificar o silêncio no caso das joias. Os advogados afirmam que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem competência para conduzir o caso e que Bolsonaro só vai prestar esclarecimentos quando a investigação passar à primeira instância.
"Nenhum dos investigados é detentor de foro por prerrogativa de função, pelo que não há justificativa para o processamento desta apuração na esfera do Supremo Tribunal Federal", justificaram por escrito ao STF.
Diálogos recuperados pela PF mostram que o ex-presidente pediu para Joseph Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, "espalhar ao máximo" informações falsas sobre o processo eleitoral.
Seis empresários bolsonaristas começaram na mira do inquérito, mas hoje apenas Nigri e Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, são investigados.
Bolsonaro era esperado em agosto para dar explicações na investigação sobre mensagens golpistas de empresários aliados do seu governo, mas na época a defesa pediu o adiamento alegando que não teve tempo de analisar os autos. São mais de 2 mil páginas.