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Bolsonaro se incomoda com pergunta de apoiador cuja mãe morreu de covid-19

Bolsonaro pediu que o homem falasse o que queria "o mais rápido possível"

Jair Bolsonaro: presidente também afirmou que "não pode resolver tudo" e voltou a defender o uso da hidroxicloroquina para combate ao coronavírus (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de junho de 2020 às 12h15.

Última atualização em 3 de junho de 2020 às 12h16.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a demonstrar preocupação, nesta quarta-feira, 3, com os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus no País e disse que "parece que não tem noção quando vai acabar isso daí". "O pobre está virando miserável e a classe média, pobre". Ele afirmou, no entanto, que "não pode resolver tudo" e indicou que os apoiadores devem cobrar prefeitos e governadores.

Na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã, o presidente ficou incomodado ao ouvir, de um apoiador, que a mãe dele morreu de covid-19, no dia 16 de maio.

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Diante da informação, Bolsonaro pediu que o homem falasse o que queria "o mais rápido possível". Ele não prestou solidariedade por esse ou pelos mais de 30 mil óbitos decorrentes do coronavírus.

O homem disse que poderia ter uma solução para o novo coronavírus e reclamou do fato de, ao sentir falta de ar, a mãe dele ter ido a um hospital para fazer o teste da covid-19 mesmo tendo características do grupo de risco. "Esqueceram que ela tinha problema no pulmão, esqueceram de tudo", disse o apoiador.

Bolsonaro, então, afirmou que agora "qualquer negócio é covid". "Isso está acontecendo geral, então, qualquer negócio é covid", respondeu o presidente. "Mas, se não levarem para a emergência resolve tudo, se mudar o protocolo...", continuou o homem, que foi interrompido.

Em seguida, o presidente recomendou que os apoiadores também cobrem de prefeitos e governadores. "Pelo amor de Deus, tem governador, tem prefeito, vocês botaram esses caras também, pô", disse.

Bolsonaro também afirmou que "não pode resolver tudo" e voltou a defender o uso da hidroxicloroquina para combate ao coronavírus, cuja eficácia não é comprovada. Para ele, o uso do medicamento, que pode ter efeitos colaterais cardíacos, tem sido politizado.

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