Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)
Luiza Calegari
Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 14h18.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2018 às 14h59.
São Paulo - O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) entrou com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o também deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) por calúnia e injúria. O processo caiu nas mãos do ministro Celso de Mello.
EXAME tentou contato com as assessorias dos dois parlamentares, bem como com o advogado de Bolsonaro, mas ainda não obteve resposta.
Segundo informações do jornal O Globo, a ação se refere a uma entrevista concedida por Wyllys ao jornal cearense "O Povo", na qual ele teria se referido a Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente, como "fascista", "racista", "burro", "corrupto", "ignorante", "desqualificado" e "canalha".
Na entrevista, Jean Wyllys não fala o nome de Bolsonaro diretamente, mas cita o então partido do deputado, o PP, e diz que ele é conhecido como "mito".
O jornal afirma que, na ação, a defesa de Bolsonaro pede que a imunidade parlamentar de Wyllys seja afastada, já que as declarações não têm relação com seu mandato como deputado.
Os advogados também pedem, ainda de acordo com o jornal, que a pena seja aumentada em um terço porque o crime teria sido cometido "na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria".