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Bolsonaro reúne ministério para discutir 50 medidas do início de governo

Expectativa é que seja discutida a reforma da Previdência cujo texto, elaborado pela equipe econômica, deve ser enviado ao Congresso Nacional

Jair Bolsonaro: presidente se reúne hoje (8) com o Conselho de Ministros (Marcos Correa/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente se reúne hoje (8) com o Conselho de Ministros (Marcos Correa/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 09h38.

Última atualização em 8 de janeiro de 2019 às 11h42.

O presidente Jair Bolsonaro se reúne na manhã desta terça-feira (8), com seus 22 ministros e o vice-presidente, general Hamilton Mourão, para a segunda reunião de seu Conselho de Governo.

No encontro, o segundo entre todos os ministros, serão discutidas as 50 principais metas da gestão. Em seu Twitter, o presidente publicou nesta manhã que a reunião servirá para ouvir cada ministro sobre "planos, propostas de enxugamento das pastas e medidas de rápida implementação".

O objetivo do encontro é o "alinhamento" do discurso da equipe, inicialmente com a revisão de atos normativos publicados nos últimos 60 dias do governo do ex-presidente Michel Temer, e a avaliação de continuidade ou não a tais medidas.

Cada ministro também deverá apresentar as políticas prioritárias de sua pasta e escolher uma delas para implementação ou envio para votação no Congresso Nacional até o prazo de 100 dias de governo, na data de 10 de abril, quando será apresentado um balanço da administração. 

O planejamento apresentado ainda durante a transição de governo no ano passado estabelece metas para 30, 60 e 90 dias de governo.

As ações prioritárias de cada ministério serão acompanhadas pela Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República (SAG), comandada pelo ministro Onyx Lorenzoni.

No último dia 2 de janeiro, após cerimônia de transmissão de cargo, o ministro afirmou teque o governo apresentaria em breve um pacote de 50 novas medidas desenvolvido pelos ministros. O anúncio da lista dependeria do presidente da República. 

No prazo de 60 dias de governo, a SAG avaliará cada proposta "quanto ao mérito, oportunidade, conveniência e compatibilização com as políticas e diretrizes do governo", segundo documento da equipe de transição da Presidência da República. Lorenzoni e sua equipe serão responsáveis pelo alinhamento das pautas ao governo. 

O encontro desta terça-feira não é inédito no novo governo. O primeiro, que não estava previsto no planejamento oficial, foi realizado no último dia 3. O compromisso deve ocorrer semanalmente todas as terças-feiras no Palácio do Planalto, a princípio até junho. 

'Pente-fino'

Onyx Lorenzoni reforçou no dia 3 o discurso de alinhamento e a intenção de fazer "pente fino" nos conselhos. Somente na Casa Civil, o ministro exonerou 320 funcionários com o objetivo de "despetização" do órgão e alinhamento maior ao novo governo.

A reforma da Previdência, medida prioritária para o ministro da Economia, Paulo Guedes, também foi um dos temas debatidos no encontro. 

Outras reuniões, sem a presença do presidente da República, comandadas por Lorenzoni, também preencheram as agendas dos ministros desde o mês passado.

No documento apresentado com orientações para cada pasta, um dos riscos apontados foi o encaminhamento de propostas que "necessitem interveniência de outras pastas, cuja coordenação será feita pela SAG", a fim de evitar conflitos de interesses e desarmonia entre os ministros. 

Nos discursos proferidos na semana passada, durante as cerimônias de transmissão de cargos, os ministros anteciparam quais devem ser as prioridades de cada pasta.

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