Redação Exame
Publicado em 26 de dezembro de 2025 às 10h26.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está em período de pós-operatório após passar por uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral realizada no hospital DF Star, em Brasília, nesta quinta-feira, 25.
Segundo a equipe médica, a recuperação de Bolsonaro inclui o uso de analgésicos para controle da dor, sessões de fisioterapia para mobilização precoce e cuidados voltados à prevenção de complicações, como trombose venosa profunda e problemas respiratórios.
A cirurgia teve início por volta das 9h15 e foi concluída pouco antes das 13h, com duração aproximada de três horas e meia. O procedimento transcorreu sem intercorrências, de acordo com os médicos, e foi realizado sob anestesia geral.
A intervenção teve como objetivo reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura da região da virilha, onde ocorre o enfraquecimento da parede abdominal que caracteriza a hérnia inguinal.
Apesar de classificada como eletiva, a cirurgia foi indicada para evitar o agravamento do quadro e possíveis complicações clínicas.
Após o procedimento, Bolsonaro foi encaminhado diretamente ao quarto, sem necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI). Ele permaneceu acordado, comunicativo e sob monitoramento contínuo da equipe médica.
De acordo com os médicos, a expectativa é de que o ex-presidente permaneça internado entre cinco e sete dias.
A equipe informou que a fisioterapia pode ser iniciada já nos próximos dias, com foco na mobilização precoce e na recuperação funcional. Além disso, Bolsonaro permanecerá sob vigilância clínica contínua, com controle rigoroso da dor e monitoramento de possíveis sinais de complicações.
Os médicos também avaliam a necessidade de um novo procedimento para tratar as crises de soluços persistentes apresentadas por Bolsonaro nos últimos meses. O quadro é considerado uma preocupação recorrente tanto da equipe médica quanto do próprio ex-presidente.
Inicialmente, chegou a ser considerada a realização imediata de um bloqueio anestésico do nervo frênico, responsável por estimular o diafragma, músculo essencial para a respiração. No entanto, a equipe optou por uma conduta mais conservadora neste momento, priorizando o tratamento clínico.
Segundo os médicos, o bloqueio do nervo frênico é um procedimento mais invasivo e, por isso, a decisão foi adiada. A necessidade de uma eventual intervenção será reavaliada, possivelmente na próxima semana, a depender da evolução do quadro.
Durante a internação, Bolsonaro está acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Seus filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro, estiveram no hospital antes do início do procedimento.
*Com informações do Globo