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Bolsonaro diz que garimpeiros não são bandidos: merecem toda consideração

Presidente voltou a defender o extrativismo mineral e disse que garimpeiros "querem garimpar e governo quer legalizar o garimpo"

Bolsonaro: presidente disse que vai legalizar o garimpo (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro: presidente disse que vai legalizar o garimpo (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 21h21.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta quinta-feira 3, o extrativismo mineral na região Amazônica e afirmou que "garimpeiros não são bandidos" e "merecem toda a consideração", durante transmissão ao vivo pelo Facebook. "Eles querem garimpar e nós queremos legalizar o garimpo", disse.

O presidente afirmou ainda que planeja apresentar um projeto para legalizar o garimpo e "dar dignidade para ele (garimpeiro), que vai preservar o meio ambiente e não vai usar mercúrio".

"Se vocês verem o estrago que as mineradoras fazem nessa região, em especial as canadenses, você vai cair para trás. Agora, quando pegam um pobre garimpeiro que tem uma bateiazinha pra tirar ouro ou um jogo de peneira atrás de diamante, o mundo cai na cabeça deles", comparou.

Redução de Homicídios

Bolsonaro também comentou o programa do Ministério da Justiça e Segurança Pública "Em Frente, Brasil" que completou um mês em vigor. Segundo dados do órgão, nos cinco municípios onde o programa foi testado, o número de homicídios caiu 53%.

Bolsonaro criticou, entre as cidades que receberam o programa, a atuação do prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia de Oliveira Junior (PPS), que implementou um disque-denúncia para receber abusos da Força Nacional de Segurança.

"Se a questão da segurança tá muito bem em Cariacica, a gente muda de cidade", disse. "Eu, como chefe supremo das Forças Armadas, e o Sergio Moro, que está fazendo um brilhante trabalho não podemos expor nossos agentes de segurança ao disque-denúncia", complementou.

Caso Adélio Bispo

Bolsonaro afirmou que pretende "ir atrás dos mandantes" da facada que levou em Juiz de Fora (MG) durante a corrida presidencial.

Segundo Bolsonaro, a Polícia Federal teve informações de que um dos advogados de Adélio Bispo, autor da facada, "agiu de modo errado" e, por isso, "fez (operação de) busca e apreensão no escritório dele". "Nós queremos que seja investigado o material" disse Bolsonaro. "Que venha a se saber quem seja ou são os mandantes." Ainda segundo o presidente, a ação poderá ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal.

Escolas cívico-militares

O presidente criticou também, durante sua live semanal, o fato de os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro não ter aderido ao modelo de escolas cívico-militares.

"Lamentavelmente, dois Estados aí, São Paulo e Rio de Janeiro, não aderiram", disse Bolsonaro, citando o modelo de escolas cívico-militares implementado em Estados como Goiás e Amazonas. "São umas escolas que têm mais de dez anos e têm dado certo."

A declaração de Bolsonaro acontece em meio a estranhamentos com os governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro. Tanto João Doria (PSDB-SP) quanto Wilson Witzel (PSC-RJ) se movimentam nos bastidores de olho na corrida presidencial em 2022.

Ainda sobre a educação no País, Bolsonaro lembrou do descontingenciamento de R$ 2 bilhões e afirmou que "a esquerda teimava em dizer que era um corte." "Contingenciamento é: se não tiver recurso a gente não libera, daí passa a ser corte lá na frente". Bolsonaro ainda disse que a imprensa "colocou na cabeça da molecada que aquilo era corte, corte, corte".

 

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