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Bolsonaro deve ter alta em dois dias, diz médico do presidente

Mesmo fora do hospital, chefe do Executivo deve manter refeições com alimentos pastosos por um tempo

Por volta do meio-dia, boletim médico do hospital informava que o presidente “passa bem e permanece evoluindo satisfatoriamente, com a conduta médica inalterada”. (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Por volta do meio-dia, boletim médico do hospital informava que o presidente “passa bem e permanece evoluindo satisfatoriamente, com a conduta médica inalterada”. (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 16 de julho de 2021 às 15h54.

Última atualização em 16 de julho de 2021 às 15h57.

O cirurgião Antonio Luiz Macedo afirmou ao GLOBO nesta sexta-feira (16) que o presidente Jair Bolsonaro deve ter alta nos próximos dois dias. Bolsonaro deverá deixar o hospital com dieta cremosa. Na sequência, passará a receber alimentação pastosa por um tempo, segundo o médico, e, só então, voltará a comer comida sólida normalmente.

— Ele (Bolsonaro) está evoluindo muito bem — disse Macedo ao GLOBO. — A alimentação dele depois da alta ainda não será normal. Ele continuará comendo alimentos cremosos e não-fermentados.

Bolsonaro está internado no Hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo, desde a noite de quarta-feira. Ele foi transferido de Brasília para São Paulo depois que médicos do Hospital das Forças Armadas, na capital federal, o diagnosticaram com obstrução intestinal.

Por volta do meio-dia, boletim médico do hospital informava que o presidente “passa bem e permanece evoluindo satisfatoriamente, com a conduta médica inalterada”. Leia abaixo a entrevista de Macedo ao GLOBO:

Como está a saúde do Bolsonaro?

Boa, evoluindo muito bem. Deverá ter alta em breve, em uns dois dias. Já passou para alimentação líquida. Em breve será cremosa com alimentos não fermentados e depois passará para a pastosa. Só mais tarde a dieta volta ao normal.

A obstrução que ocorreu agora está relacionada às quatro cirurgias feitas na área abdominal em menos de três anos?

Aos procedimentos em si, não. Mas (está relacioanda) ao histórico todo. O acidente da facada não foi brincadeira. E as cirurgias foram absolutamente necessárias. Mas agridem o órgão, claro. O intestino do presidente se tornou mais sensível a aderências por isso. Não é impossível, por exemplo, ocorrer uma obstrução com um alimento mais espesso e mal mastigado.

Quem o chamou para vê-lo em Brasília?

Foi o Ricardo Camarinha, médico do presidente. Cheguei no Hospital das Forças Armadas e logo vi que ele estava muito bem cuidado. Trouxemos ele para o meu hospital, o Vila Nova Star, para qualquer eventualidade.

A obstrução intestinal causa muita dor?

A dor que se sente com uma obstrução é praticamente insuportável. Mas quando se coloca a sonda e o líquido passa a ser extraído, a situação já melhora.

Os soluços estavam mesmo relacionados à aderência?

Sim e foram passando à medida que o líquido foi sendo drenado.

Como ele está reagindo?

Ele é muito forte. Diria que feito de aço. E extremamente positivo e colaborativo com os procedimentos que têm de ser feitos.

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