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Bolsonaro definirá ministros em até 30 dias após eleição, diz líder do PSL

Gustavo Bebianno afirmou que não está descartada a manutenção no cargo do atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn

Gustavo Bebianno: Bolsonaro não buscará "fazer" os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado (Sergio Moraes/Reuters)

Gustavo Bebianno: Bolsonaro não buscará "fazer" os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 17h58.

Rio de Janeiro - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, definirá os nomes de seus ministros e dos presidentes de estatais em até 30 dias após a eleição, caso vença o segundo turno da corrida presidencial no próximo domingo, disse nesta terça-feira o presidente do PSL, Gustavo Bebianno.

Segundo ele, já há muitos nomes mapeados para os cargos do alto escalão, mas a indicação ainda depende da vitória nas urnas e de uma conversa com o economista Paulo Guedes, indicado para ser ministro da Fazenda em um eventual governo Bolsonaro.

"A tendência é que mude tudo (nas estatais)", disse Bebianno a jornalistas antes de chegar na casa do empresário Paulo Marinho, na zona sul do Rio. Em trinta dias já vai estar tudo desenhadinho. É um avanço grande nos nomes. O cardápio já tem muitos nomes, mas para evitar especulação, só depois da eleição", acrescentou.

Bebianno afirmou ainda que não está descartada a manutenção do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, caso Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto, vença no domingo. "O Ilan é um bom quadro e um bom nome, mas a escolha quem vai fazer é ele (Bolsonaro) com Paulo Guedes", disse Bebianno. No fim de semana Bolsonaro já tinha cogitado a hipótese de manter o atual presidente do BC.

Na semana passada, a Bloomberg disse, citando duas fontes com conhecimento do assunto, que Ilan se prepara para deixar o governo no final deste ano com o término do governo do presidente Michel Temer.

Bebianno também disse que Bolsonaro não buscará fazer os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, ao mesmo tempo que o dirigente partidário fez a avaliação de que não é saudável a concentração de poder no Executivo e no Legislativo. Bebianno disse que a ideia é que o governo Bolsonaro tenha perfil de centro-direita.

"Nós entendemos que uma concentração de poder no Executivo e no Legislativo talvez não seja saudável e Câmara e Congresso têm vida própria", disse o presidente do PSL, acrescentando que, se vencer no domingo, Bolsonaro deve ir a Brasília já na semana que vem para tratar do início da transição de governo.

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