Tempus Veritatis: Bolsonaro convocou o ato em São Paulo depois de ter sido um dos alvos da operação da PF (Nelson Almeida/AFP Photo)
Repórter Exame IN
Publicado em 25 de fevereiro de 2024 às 17h58.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2024 às 18h02.
Em ato com apoiadores na capital paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro defendeu a anistia para presos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Sem citar o Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro alegou perseguição e negou a acusação de tentativa de golpe de Estado.
"Passei anos sendo perseguido enquanto presidente, e a perseguição aumentou de força quando deixei a presidência", afirmou em seu discurso na Avenida Paulista, palco de diversas manifestações políticas ao longo de décadas.
Bolsonaro afirmou que "o mal não é eterno", que ele e seus apoiadores podem "fazer muito pela Pátria" e que "a liberdade é o bem maior".
"Golpe usando a Constituição?", questionou Bolsonaro argumentando que o Estado de sítio não foi convocado, apesar de reconhecer a existência de uma minuta com tal fim. Ele acrescentou que ainda que seria necessária a aprovação do decreto (de estado de sítio) no Parlamento.
A Polícia Federal apura a participação do ex-presidente em uma articulação para um golpe de Estado que impediria a realização das eleições de 2022 ou a posse de Lula.
Bolsonaro convocou o ato em São Paulo depois de ter sido um dos alvos da operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim) da PF no último dia 8, quando teve que entregar seu passaporte às autoridades.
Michelle e Tarcísio
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro também discursou no evento, assim como o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), pré-candidato à prefeitura de Goiânia, e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Bolsonaro também teve apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que foi ministro da Infraestrutura em seu governo. Em seu discurso no palco, Tarcísio agradeceu ao ex-presidente e afirmou que eles sempre estarão juntos. "Bolsonaro não é mais um CPF, não é mais uma pessoa, ele representa um movimento de todos aqueles que aprenderam e descobriram que vale a pena brigar pela família, pela pátria e pela liberdade", disse.
*Com informações de Estadão Conteúdo