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Bolsonaro com governadores; herdeira da Huawei na mira; eleições na África do Sul...

Cyril Ramaphosa: presidente da África do Sul espera aprovação de seu partido, o mesmo de Nelson Mandela, por amplas margens nas eleições regionais desta quarta-feira (Rogan Ward/Reuters)

Cyril Ramaphosa: presidente da África do Sul espera aprovação de seu partido, o mesmo de Nelson Mandela, por amplas margens nas eleições regionais desta quarta-feira (Rogan Ward/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2019 às 07h09.

Última atualização em 8 de maio de 2019 às 07h28.

Bolsonaro: atenção aos governadores
O presidente Jair Bolsonaro se reúne, na manhã desta quarta-feira 8, com governadores para tratar do pacto federativo. Também participarão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Davi Alcolumbre; e líderes do Senado. A reunião ocorre em um café da manhã, às 7h30, na residência oficial do Senado, onde mora Alcolumbre. Davi Alcolumbre destacou, em nota, que o Senado decidiu liderar as alterações no pacto entre os entes federados, incluindo mecanismos para garantir a descentralização do dinheiro recolhido com os impostos, demanda antiga dos governos locais, e permitir que os parlamentares comandem a nova distribuição de recursos. Em troca, o governo federal espera que governadores convençam deputados de seus estados a apoiarem a reforma da Previdência.

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Toma lá e não dá cá
O assessor especial para assuntos internacionais do governo de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, se pronunciou no fim da noite desta terça-feira 07 sobre a informação de que diplomatas americanos descumpriram o acordo feito com o Brasil para apoiar a entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em seu Twitter, ele afirmou que os Estados Unidos seguem apoiando a entrada do Brasil, mas que “há um impasse sobre o número de vagas a serem abertas na organização, decisão que demandará consenso: enquanto países europeus desejam abrir 6 vagas, outros desejam abrir apenas 4, mas todos apoiam o acesso do Brasil”. A entrada do Brasil na OCDE foi promessa do presidente norte-americano, Donald Trump, feita durante visita do presidente brasileiro Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Em troca, o Brasil abriu mão de tratamento diferenciado de que goza na Organização Mundial do Comércio (OMC) – posição que voltou a reafirmar em reunião da organização na terça-feira, 7.

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Decreto muda regras para armas
Como previsto anteriormente, o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira, 7, um decreto que facilita o acesso a munição e o transporte de armas de fogo para atiradores esportivos, caçadores e colecionadores. O documento também dá posse automática a praças das Forças Armadas com mais de 10 anos de serviço. O acesso à munição para essas categorias será ampliado de 50 cartuchos para 1.000. “Fomos no limite da lei”, disse o presidente. Ele também ressaltou que “ninguém está liberando caça no Brasil”. Bolsonaro afirmou que está ciente de que mudanças nas regras para caça de animais no País teriam que passar pelo Congresso Nacional. Na cerimônia, que contou com a presença de parlamentares da chamada “bancada da bala”, o presidente também disse que o governo está aberto a alterar ou revogar decretos do passado que os deputados e senadores considerem que geraram malefícios e disse que jamais vai esquecer de seu passado como militar e como deputado federal.

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Weintraub: “todo mundo está apertando o cinto”
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, apresentou nesta terça-feira, 7, à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado a situação do governo no cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Questionado sobre o fato de o corte de mais de 7 bilhões no orçamento da Educação inviabilizar as atividades em algumas universidades e institutos federais, o ministro disse que “todo mundo está apertando o cinto”, indo contra os interesses da própria pasta. Ao senado, Weintraub ressaltou que não houve corte no orçamento, mas um contingenciamento, e que a situação vai se normalizar quando a economia mostrar que está se recuperando. “Se a gente conseguir aprovar a reforma da Previdência e voltar a arrecadação, volta o orçamento. Agora, a gente precisa seguir a lei de responsabilidade fiscal”, disse.

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Herdeira da Huawei vai à Justiça canadense
Meng Wanzhou, executiva e herdeira da fabricante de eletrônicos Huawei detida no Canadá em dezembro, comparece a sessão na Suprema Corte do país nesta quarta-feira para dar início ao julgamento de sua possível extradição para os Estados Unidos. A Justiça canadense também vai julgar se sua prisão teve motivos políticos, o que pode levar à soltura. A executiva foi presa a pedido do governo do presidente norte-americano Donald Trump, e é acusada pelos EUA de fraude, conspiração, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça. A prisão irritou o governo chinês, que desde então prendeu dois canadenses e decretou sentença de morte para outros dois, além de barrar a importação de alguns produtos do país. O caso é mais um episódio da recente guerra comercial dos Estados Unidos com a China, sendo a Huawei uma das maiores companhias chinesas – recentemente, a empresa ultrapassou a norte-americana Apple em número de smartphones vendidos no primeiro trimestre, tornando-se a segunda maior fabricante de celulares do mundo, atrás da sul-coreana Samsung.

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Eleições na África do Sul
A África do Sul realiza eleições legislativas e para governos nesta quarta-feira, 8, com a expectativa de nova vitória do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), no poder desde a queda do regime do apartheid em 1994 e partido do líder Nelson Mandela. Uma vitória do ANC por ampla margem favorece o atual presidente do país e líder do partido, Cyril Ramaphosa, a aprovar medidas no Congresso. O presidente ocupa o cargo desde o ano passado, após renúncia do então presidente Jacob Zuma por esquemas de corrupção. Mas os casos de corrupção mancharam a imagem da ANC e devem fazer o partido ser eleito com margem de votos menores que 60% (comuns em eleições anteriores).

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Petrobras: lucro de 4,03 bilhões
A Petrobras registrou lucro de 4,03 bilhões de reais no primeiro trimestre, queda de 42% ante o mesmo período do ano passado, mas um aumento de 92% comparado ao trimestre anterior, informou a companhia nesta terça-feira, 7. O resultado ficou acima das expectativas do mercado. A receita de vendas totalizou 80 bilhões de dólares, 14% abaixo do quarto trimestre de 2018, sobretudo devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional. Investidores também se atentam para as mudanças de longo prazo: no final de abril, a Petrobras abriu um novo programa de demissão voluntária para economizar 4,1 bilhões de reais até 2023. Também anunciou um plano de vender oito refinarias e mais uma fatia na BR Distribuidora, arrecadando 20 bilhões de dólares em cerca de um ano e meio.

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Erdogan defende anulação de eleição de Istambul
O presidente da Turquia, Recep Erdogan, defendeu nesta terça-feira, 7, a anulação das eleições municipais em Istambul, que havia dado vitória à oposição. Segundo o líder, a escolha do prefeito da maior cidade do país foi afetada pelo “crime organizado e por graves organizações de corrupção.” Em uma reunião parlamentar com membros de seu partido, o Justiça e Desenvolvimento (AKP), o presidente disse ver esta decisão “como o melhor caminho para fortalecer a vontade de resolver nossos problemas dentro do esperado pela democracia e pela lei”. No último mês, o governo pediu a recontagem dos votos do pleito de Istambul. A recontagem consolidou a derrota do AKP no dia 17 de abril, um golpe duro para o presidente, que enfrenta a primeira recessão econômica em dezesseis anos no poder. Istambul é um dos redutos mais tradicionais de apoio a Erdogan, e a prefeitura era comandada há cerca de 25 anos por seus aliados. Ekrem Imamoglu, que havia vencido as eleições de março, mas teve mandato cassado, anunciou nesta terça que vai concorrer novamente ao cargo na disputa marcada para o dia 23 de junho.

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Reino Unido terá de participar de eleições da UE
O vice-premier britânico, David Lidington, afirmou nesta terça-feira, 7, que o Reino Unido será obrigado a participar das eleições para o Parlamento Europeu no próximo dia 23 de maio, já que o país não conseguiu aprovar a tempo um acordo para a saída da União Europeia. Lidington ainda afirmou que o governo espera aprovar no parlamento um acordo para o Brexit até o dia 2 de julho, quando os deputados assumem os cargos novos no Parlamento da UE. A primeira-ministra Theresa May lamentou a decisão. Durante as conversas com o parlamento, a política havia se mostrado contra participar de uma eleição europeia três anos após o povo do seu país ter decidido abandonar o bloco.

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