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Bolsonaro agradece a Trump por defender Brasil durante cúpula do G7

Além de agradecer Trump, Bolsonaro afirmou que a campanha de notícias falsas contra o Brasil "não prosperará"

Amazônia: Trump afirmou que Bolsonaro está fazendo um belo trabalho no combate aos incêndios (Mark Wilson/Getty Images)

Amazônia: Trump afirmou que Bolsonaro está fazendo um belo trabalho no combate aos incêndios (Mark Wilson/Getty Images)

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EFE

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 17h47.

Última atualização em 29 de agosto de 2019 às 17h49.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro agradeceu nesta quinta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por defender o Brasil durante a cúpula do G7, que discutiu, entre outros assuntos, os incêndios registrados na Amazônia.

 

"Agradeço a Trump pela defesa que fez do Brasil no encontro do G7", disse Bolsonaro durante a apresentação do projeto "Em Frente Brasil", pacote de medidas de combate à criminalidade violenta elaborado pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A decisão do presidente da França, Emmanuel Macron, anfitrião da cúpula do G7, de colocar a situação da Amazônia em discussão no grupo e de ameaçar retirar apoio do acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul abriu uma crise diplomática com o Brasil.

Bolsonaro chamou as declarações iniciais de Macron sobre o caso de "colonialismo", acusou o presidente francês de oportunismo e depois ofendeu a primeira-dama do país, Brigitte Macron, em resposta a uma postagem feita por um internauta no Facebook.

Macron chamou Bolsonaro de mentiroso por não cumprir os compromissos ambientais assumidos por ele em um encontro entre os dois na cúpula do G20, lamentou a postura do presidente brasileiro e, em resposta à ofensa a Brigitte, disse esperar que o país tenha logo um presidente à altura de ocupar o Palácio do Planalto.

Durante a cúpula do G7, Macron anunciou que o grupo, formado pelos países mais ricos do mundo, havia decidido enviar US$ 20 milhões em ajuda para combater os incêndios na Amazônia. Bolsonaro, então, condicionou aceitar o auxílio a um pedido de desculpas do presidente francês, o que não ocorreu.

Ontem, o governo dos Estados Unidos esclareceu que não concordou com a ajuda oferecida pelo G7 aos países da região amazônica.

"Não concordamos com a iniciativa do G7 que não incluiu consultas com (o presidente) Jair Bolsonaro. A forma mais construtiva de auxiliar os esforços em andamento do Brasil é em coordenação com o governo brasileiro", afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Garrett Marquis, em mensagem postada no Twitter.

No início da semana, Trump já tinha elogiado Bolsonaro pela resposta dada aos incêndios na Amazônia.

"Cheguei a conhecer bem o presidente Bolsonaro nas nossas relações com o Brasil. Ele está trabalhando muito duro nos incêndios da Amazônia e, em todos os aspectos, está fazendo um grande trabalho para as pessoas do Brasil", disse Trump na mesma rede social.

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