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Bloqueios atingem 10 Estados; ministra crê em solução

Os protestos de caminhoneiros bloqueavam rodovias federais em 10 Estados hoje, enquanto a ministra da Agricultura acredita no fim das manifestações

Caminhões em fila em terminal do Porto de Santos (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 17h30.

São Paulo/Brasília - Os protestos de caminhoneiros bloqueavam 94 pontos de rodovias federais em dez Estados no meio da tarde desta quarta-feira, prejudicando o transporte de combustíveis, alimentos e matérias-primas no Brasil.

As manifestações dos caminhoneiros, que entraram nesta quarta-feira no seu oitavo dia, foram encerradas em Minas Gerais, importante foco dos bloqueios, segundo o boletim das 15h da Polícia Rodoviária Federal. Mas os policiais passaram a registrar problemas agora em Tocantins, na BR-153.

Os motoristas de caminhões reivindicam custos menores com impostos e diesel , além de uma melhora nas taxas de frete.

O governo federal, apesar de não ter sinalizado com atendimento das principais reivindicações até o momento, acredita no fim das manifestações, segundo a ministra da Agricultura , Kátia Abreu, que participou de encontro com representantes dos manifestantes nesta tarde.

"Está bem flexível, eles estão interessados em resolver o problema", disse ela a jornalistas.

Entretanto, os protestos se mantinham intensos nesta quarta-feira, apesar de o governo ter obtido liminares na Justiça determinando a liberação das rodovias em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul e nas cidades de Pelotas (RS), Porto Alegre e Curitiba, segundo informação da Advogacia-Geral da União (AGU).

Por volta das 15h, interdições eram registradas em rodovias federais dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Bahia, Espírito Santo, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo relatório publicado pela Polícia Rodoviária Federal, na Internet.

O Estado com mais interdições é o Rio Grande do Sul, com 30 bloqueios, seguido por Santa Catarina (21), Paraná (21), e Mato Grosso (10).

Impactos

Muitos setores estão sentindo fortemente os efeitos dos protestos, sendo que a agropecuária está entre os mais atingidos. A indústria de soja, que lidera as exportações agropecuárias brasileiras e é fornecedora chave para a cadeia de alimentos doméstica, vê um agravamento dos gargalos da infraestrutura do país, enquanto indústrias de carnes, como a JBS e a BRF, já estão paralisando algumas unidades.

Os protestos afetam ainda a colheita de soja, por falta de diesel para o maquinário em alguns pontos de Mato Grosso, maior Estado produtor do grão. O recebimento de soja pelas indústrias processadoras, assim como a chegada do grão e derivados nos portos de exportação e nas indústrias de ração, também está afetado.

Seis pontos da BR-163 em Mato Grosso, no trecho sob concessão da Rota do Oeste, permaneciem bloqueados em Mato Grosso, informou a companhia em nota nesta manhã. A BR-163 responde por 70 por cento do escoamento da produção agrícola do Estado. A rodovia também é a única rota de abastecimento de diesel e outros insumos para os municípios da região.

Exportação se mantém por ora

Segundo Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), os protestos ainda não chegaram a interromper as exportações de soja, que estão em seu início da temporada, porque os portos exportadores tinham algum estoque antes do início das manifestações. Mas, se os protestos continuarem, a soja que estava armazenada nos portos poderá acabar, prejudicando os embarques e gerando custos adicionais, por conta de multas aplicadas em atrasos no embarque de navios.

Na terça-feira, os manifestantes bloquearam o acesso ao porto de Santos, o principal do país, enquanto o número de caminhões levando soja para o porto de Paranaguá continua bem aquém do esperado para esta época.

Caminhoneiros liberaram nesta quarta-feira o acesso ao porto de Santos, o principal do país.

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São Paulo/Brasília - Os protestos de caminhoneiros bloqueavam 94 pontos de rodovias federais em dez Estados no meio da tarde desta quarta-feira, prejudicando o transporte de combustíveis, alimentos e matérias-primas no Brasil.

As manifestações dos caminhoneiros, que entraram nesta quarta-feira no seu oitavo dia, foram encerradas em Minas Gerais, importante foco dos bloqueios, segundo o boletim das 15h da Polícia Rodoviária Federal. Mas os policiais passaram a registrar problemas agora em Tocantins, na BR-153.

Os motoristas de caminhões reivindicam custos menores com impostos e diesel , além de uma melhora nas taxas de frete.

O governo federal, apesar de não ter sinalizado com atendimento das principais reivindicações até o momento, acredita no fim das manifestações, segundo a ministra da Agricultura , Kátia Abreu, que participou de encontro com representantes dos manifestantes nesta tarde.

"Está bem flexível, eles estão interessados em resolver o problema", disse ela a jornalistas.

Entretanto, os protestos se mantinham intensos nesta quarta-feira, apesar de o governo ter obtido liminares na Justiça determinando a liberação das rodovias em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul e nas cidades de Pelotas (RS), Porto Alegre e Curitiba, segundo informação da Advogacia-Geral da União (AGU).

Por volta das 15h, interdições eram registradas em rodovias federais dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Bahia, Espírito Santo, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo relatório publicado pela Polícia Rodoviária Federal, na Internet.

O Estado com mais interdições é o Rio Grande do Sul, com 30 bloqueios, seguido por Santa Catarina (21), Paraná (21), e Mato Grosso (10).

Impactos

Muitos setores estão sentindo fortemente os efeitos dos protestos, sendo que a agropecuária está entre os mais atingidos. A indústria de soja, que lidera as exportações agropecuárias brasileiras e é fornecedora chave para a cadeia de alimentos doméstica, vê um agravamento dos gargalos da infraestrutura do país, enquanto indústrias de carnes, como a JBS e a BRF, já estão paralisando algumas unidades.

Os protestos afetam ainda a colheita de soja, por falta de diesel para o maquinário em alguns pontos de Mato Grosso, maior Estado produtor do grão. O recebimento de soja pelas indústrias processadoras, assim como a chegada do grão e derivados nos portos de exportação e nas indústrias de ração, também está afetado.

Seis pontos da BR-163 em Mato Grosso, no trecho sob concessão da Rota do Oeste, permaneciem bloqueados em Mato Grosso, informou a companhia em nota nesta manhã. A BR-163 responde por 70 por cento do escoamento da produção agrícola do Estado. A rodovia também é a única rota de abastecimento de diesel e outros insumos para os municípios da região.

Exportação se mantém por ora

Segundo Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), os protestos ainda não chegaram a interromper as exportações de soja, que estão em seu início da temporada, porque os portos exportadores tinham algum estoque antes do início das manifestações. Mas, se os protestos continuarem, a soja que estava armazenada nos portos poderá acabar, prejudicando os embarques e gerando custos adicionais, por conta de multas aplicadas em atrasos no embarque de navios.

Na terça-feira, os manifestantes bloquearam o acesso ao porto de Santos, o principal do país, enquanto o número de caminhões levando soja para o porto de Paranaguá continua bem aquém do esperado para esta época.

Caminhoneiros liberaram nesta quarta-feira o acesso ao porto de Santos, o principal do país.

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