Bloqueio contra droga em estrada de SP fica na promessa
A parceria entre os governos estadual e federal nas estradas era uma das estratégias para enfraquecer o crime organizado e interromper a onda de violência no estado
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2012 às 09h03.
São Paulo - Anunciados na semana passada como uma das principais ações para combater o crime no Estado, os bloqueios contra armas e drogas prometidos para começar ontem em estradas de São Paulo ficaram só na promessa - pelo menos nas estaduais, que representam 99% da malha.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, até as 20h de ontem, eles não haviam nem sequer começado. Já a Polícia Rodoviária Federal disse ter dado início à operação nas rodovias federais, com "ações relâmpagos".
A parceria acertada entre os governos estadual e federal não só para estradas como para portos e aeroportos é uma das estratégias para enfraquecer o crime organizado e interromper a onda de violência que, apenas entre a noite de domingo e a madrugada de ontem, deixou mais 12 mortos na Grande São Paulo.
Além do bloqueio, a transferência de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para presídios federais são as únicas propostas de curto prazo da parceria Estado-União. Segundo o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fabiano Moreno, a operação começou nas estradas de sua responsabilidade (Dutra, Régis Bittencourt e Fernão Dias), na tarde de ontem, com reforço policial vindo de vários Estados.
"São agentes especializados em narcotráfico. Não vamos trabalhar com aquela visão de barreira de fiscalização estática. Ela funciona na primeira hora, mas depois não cai nada. Tem efeito reduzido. Traz visibilidade, mas não é o que desejamos."
Moreno explicou que a PRF trabalha com 30 equipes em movimento constante. "O crime organizado tem uma rede de informação, por isso vamos trabalhar com barreiras rápidas, itinerantes." O inspetor afirmou que, durante a Conferência Rio+20, cerca de 8 toneladas de drogas foram apreendidas em menos de 20 dias com esse modelo.
Por questão estratégica, locais e horários não foram divulgados. Segundo a Autopista, na divisa com Minas na Fernão Dias, não foram realizados bloqueios.
Uma das ações feitas ontem pela PRF aconteceu em Cascavel (PR), a 360 km da divisa com São Paulo. Foram encontrados em um caminhão que tinha São Paulo como destino 2,2 toneladas de maconha, 1.300 comprimidos de ecstasy e 2.940 munições de fuzil.
Mas foram policiais rodoviários que já atuam na região que fizeram a apreensão. No oeste do Estado, policiais rodoviários estaduais da Raposo Tavares e da Marechal Rondon nem sabiam que uma operação está sendo planejada.
São Paulo - Anunciados na semana passada como uma das principais ações para combater o crime no Estado, os bloqueios contra armas e drogas prometidos para começar ontem em estradas de São Paulo ficaram só na promessa - pelo menos nas estaduais, que representam 99% da malha.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, até as 20h de ontem, eles não haviam nem sequer começado. Já a Polícia Rodoviária Federal disse ter dado início à operação nas rodovias federais, com "ações relâmpagos".
A parceria acertada entre os governos estadual e federal não só para estradas como para portos e aeroportos é uma das estratégias para enfraquecer o crime organizado e interromper a onda de violência que, apenas entre a noite de domingo e a madrugada de ontem, deixou mais 12 mortos na Grande São Paulo.
Além do bloqueio, a transferência de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para presídios federais são as únicas propostas de curto prazo da parceria Estado-União. Segundo o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fabiano Moreno, a operação começou nas estradas de sua responsabilidade (Dutra, Régis Bittencourt e Fernão Dias), na tarde de ontem, com reforço policial vindo de vários Estados.
"São agentes especializados em narcotráfico. Não vamos trabalhar com aquela visão de barreira de fiscalização estática. Ela funciona na primeira hora, mas depois não cai nada. Tem efeito reduzido. Traz visibilidade, mas não é o que desejamos."
Moreno explicou que a PRF trabalha com 30 equipes em movimento constante. "O crime organizado tem uma rede de informação, por isso vamos trabalhar com barreiras rápidas, itinerantes." O inspetor afirmou que, durante a Conferência Rio+20, cerca de 8 toneladas de drogas foram apreendidas em menos de 20 dias com esse modelo.
Por questão estratégica, locais e horários não foram divulgados. Segundo a Autopista, na divisa com Minas na Fernão Dias, não foram realizados bloqueios.
Uma das ações feitas ontem pela PRF aconteceu em Cascavel (PR), a 360 km da divisa com São Paulo. Foram encontrados em um caminhão que tinha São Paulo como destino 2,2 toneladas de maconha, 1.300 comprimidos de ecstasy e 2.940 munições de fuzil.
Mas foram policiais rodoviários que já atuam na região que fizeram a apreensão. No oeste do Estado, policiais rodoviários estaduais da Raposo Tavares e da Marechal Rondon nem sabiam que uma operação está sendo planejada.