Bilhete Único Mensal terá tarifa ilimitada aos domingos
Segundo dados relativos aos ônibus, a perda de receita mensal com o programa é de R$ 33,1 milhões, dos quais R$ 18,9 mi serão das viagens nos finais de semana
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 16h51.
São Paulo - O maior impacto do Bilhete Único Mensal será para os passageiros que também usam os ônibus aos domingos. Com a tarifa ilimitada, os usuários poderão aproveitar o sistema de transporte sem gasto adicional nos dias de folga. A Prefeitura de São Paulo estima que 66,1% das viagens aos domingos com o novo bilhete serão subsidiadas. Nos dias úteis, o índice é de apenas 4,4%. As viações, que têm frota ociosa nos fins de semana, devem lucrar.
Os números foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e elaborados pela São Paulo Transporte (SPTrans). Segundo os dados relativos apenas ao sistema de ônibus, a estimativa de perda de receita mensal com o programa é de R$ 33,1 milhões. Desse valor, R$ 18,9 milhões serão com viagens realizadas aos sábados e domingos.
"À noite, na hora do almoço, nos fins de semana, o usuário que detém o Bilhete Único Mensal vai deixar de se preocupar com a questão econômica para tomar a decisão de aproveitar a cidade", afirmou o prefeito Fernando Haddad (PT), na quinta-feira, quando anunciou a integração do bilhete também para metrô e trens metropolitanos, a partir do dia 30.
O público-alvo do programa é gente como o jornalista Bruno Cândido, de 30 anos, morador de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Ele faz pós-graduação na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na região central de São Paulo, para onde vai algumas vezes por semana. Nos domingos, costuma frequentar os Parques do Povo e Villa-Lobos, na zona oeste. Para ir de um ao outro, porém, segue a pé, pelo eixo da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em caminhadas que podem levar até uma hora e meia.
"Além da economia, vou ter mais mobilidade, mesclando trajetos e conhecendo mais a cidade. Por exemplo, em um dia de chuva, eu deixaria de ir para um determinado lugar pois teria de ir a pé, para não gastar o dinheiro do cartão. Isso vai acabar", diz ele, que deve economizar cerca de R$ 30 por mês com ônibus e trens. Cândido será adepto do Bilhete Único Mensal integrado, que permitirá usar todos os modais existentes por R$ 230/mês.
Nos domingos, a média de ônibus circulando na capital é de 6 mil, menos da metade do que circula nos dias úteis (13 mil). A Prefeitura afirmou, porém, que não pretende aumentar a frota por causa da ociosidade do sistema fora dos dias úteis e horários de pico.
Ganho
Como recebem por passageiro transportado, sem ter de necessariamente colocar mais ônibus nas ruas por causa da frota ociosa, o novo modelo é de lucro garantido para as empresas. Para a mudança, porém, o investimento inclui gasto de R$ 950 mil em softwares do sistema central e validadores. Além disso, os chips dos cartões mensais são mais caros, passando de R$ 1 para R$ 1,76 por unidade. A Prefeitura, porém, não deixou claro se são os empresários ou o Município que vai pagar a conta.
A administração municipal aposta que os empregadores aceitarão pagar um pouco mais para trocar o vale-transporte dos funcionários pelo novo bilhete. As empresas, no entanto, têm apenas a obrigação de custear o transporte de seus empregados de casa para o trabalho e vice-versa. Categorias fortes da capital, porém, devem ter poder de barganha para obter o benefício. A expectativa é de que 861,7 mil pessoas possam aderir, em um primeiro momento, ao novo bilhete - 20% dos que já têm Bilhete Único. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
São Paulo - O maior impacto do Bilhete Único Mensal será para os passageiros que também usam os ônibus aos domingos. Com a tarifa ilimitada, os usuários poderão aproveitar o sistema de transporte sem gasto adicional nos dias de folga. A Prefeitura de São Paulo estima que 66,1% das viagens aos domingos com o novo bilhete serão subsidiadas. Nos dias úteis, o índice é de apenas 4,4%. As viações, que têm frota ociosa nos fins de semana, devem lucrar.
Os números foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e elaborados pela São Paulo Transporte (SPTrans). Segundo os dados relativos apenas ao sistema de ônibus, a estimativa de perda de receita mensal com o programa é de R$ 33,1 milhões. Desse valor, R$ 18,9 milhões serão com viagens realizadas aos sábados e domingos.
"À noite, na hora do almoço, nos fins de semana, o usuário que detém o Bilhete Único Mensal vai deixar de se preocupar com a questão econômica para tomar a decisão de aproveitar a cidade", afirmou o prefeito Fernando Haddad (PT), na quinta-feira, quando anunciou a integração do bilhete também para metrô e trens metropolitanos, a partir do dia 30.
O público-alvo do programa é gente como o jornalista Bruno Cândido, de 30 anos, morador de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Ele faz pós-graduação na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na região central de São Paulo, para onde vai algumas vezes por semana. Nos domingos, costuma frequentar os Parques do Povo e Villa-Lobos, na zona oeste. Para ir de um ao outro, porém, segue a pé, pelo eixo da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em caminhadas que podem levar até uma hora e meia.
"Além da economia, vou ter mais mobilidade, mesclando trajetos e conhecendo mais a cidade. Por exemplo, em um dia de chuva, eu deixaria de ir para um determinado lugar pois teria de ir a pé, para não gastar o dinheiro do cartão. Isso vai acabar", diz ele, que deve economizar cerca de R$ 30 por mês com ônibus e trens. Cândido será adepto do Bilhete Único Mensal integrado, que permitirá usar todos os modais existentes por R$ 230/mês.
Nos domingos, a média de ônibus circulando na capital é de 6 mil, menos da metade do que circula nos dias úteis (13 mil). A Prefeitura afirmou, porém, que não pretende aumentar a frota por causa da ociosidade do sistema fora dos dias úteis e horários de pico.
Ganho
Como recebem por passageiro transportado, sem ter de necessariamente colocar mais ônibus nas ruas por causa da frota ociosa, o novo modelo é de lucro garantido para as empresas. Para a mudança, porém, o investimento inclui gasto de R$ 950 mil em softwares do sistema central e validadores. Além disso, os chips dos cartões mensais são mais caros, passando de R$ 1 para R$ 1,76 por unidade. A Prefeitura, porém, não deixou claro se são os empresários ou o Município que vai pagar a conta.
A administração municipal aposta que os empregadores aceitarão pagar um pouco mais para trocar o vale-transporte dos funcionários pelo novo bilhete. As empresas, no entanto, têm apenas a obrigação de custear o transporte de seus empregados de casa para o trabalho e vice-versa. Categorias fortes da capital, porém, devem ter poder de barganha para obter o benefício. A expectativa é de que 861,7 mil pessoas possam aderir, em um primeiro momento, ao novo bilhete - 20% dos que já têm Bilhete Único. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.