Brasil

BC projeta crescimento de 15% para o crédito em 2011

Diretor de Política Econômica do Banco Central estima que a relação entre o crédito e o PIB deve encerrar o próximo ano em 50%, ante 48% projetados para 2010

Para o diretor, nos últimos tempos tem sido mais difícil construir cenários por conta da volatilidade da economia (Arquivo)

Para o diretor, nos últimos tempos tem sido mais difícil construir cenários por conta da volatilidade da economia (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2010 às 14h55.

São Paulo - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton de Araujo, informou hoje que a autoridade monetária projeta um crescimento de 15% para o crédito total na economia brasileira em 2011, com desaceleração ante os 20% projetados para 2010. Ele estima que a relação entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) deve encerrar o próximo ano em 50%, ante 48% projetados para 2010.

Segundo Hamilton, o crédito livre deve crescer 12% no ano que vem (16% em 2010) e o crédito direcionado deve ter alta de 23% em 2011 (ante 29% neste ano). O diretor disse que a maior desaceleração do crédito direcionado é um efeito natural do fato de esse segmento ter registrado crescimento forte nos últimos anos e também porque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já deu sinais de que quer abrir maior espaço para o crédito do setor privado.

Hamilton informou ainda que projeta crescimento de 10% para o crédito às pessoas físicas em 2011 e de 16% em 2010, e, para as pessoas jurídicas, alta de 14% em 2011 e de 16% em 2010. O diretor explicou que a desaceleração do crédito projetada para o próximo ano considera o impacto de todas as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo, e não só do aumento do compulsório, como foi feito nas projeções para a inflação.

O diretor disse, ao ser questionado sobre as dificuldades que o BC tem tido este ano para coordenar as expectativas, que nos últimos tempos tem sido mais difícil construir cenários por conta da volatilidade da economia. "A marca dos últimos tempos tem sido a volatilidade e isso se traduz na construção de cenários", disse. "Reconheço que as incertezas que cercam o cenário são altas. Nosso objetivo na comunicação é informar da melhor maneira possível nossa visão", acrescentou Hamilton.

Leia mais: Bancos reduzem expectativas para o crédito em 2011

 

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